Raison D'être - (Levi Ackerman x [Nome])

Epílogo

A tropa de reconhecimento mais uma vez partia em direção as terras na muralha Rose tomadas por titãs. Pessoas se juntaram para nos ver partir, dessa vez muitos cadetes também estavam por ali.

— Tem muitos cadetes por aqui — Arlo estava ao meu lado —, qual o número da formação esse ano?

— Não sei — respondi e me virei — Brandon, qual era o número da sua turma quando se formou?

Agora com 19 anos já não era uma criança, o rapaz que salvei estava alto e tão forte quanto Vance. Conquistou um lugar de destaque em meu esquadrão como prometido, ele coçou a lateral da cabeça — A minha foi a 100ª, então essa deve ser a 104ª turma de cadetes.

Surpreendente que tantos se formem mesmo depois da queda.

— Capitã [Nome]!

— Linda como sempre!

— Volte em segurança [Nome]!

Senti arrepios na minha espinha, nos últimos anos de repente acabei me tornando popular entre algumas pessoas.

— Seu fã clube está animado como sempre — Arlo chutou meu pé —, não estariam tão animados se soubessem que seu marido está pronto para cortar suas gargantas a qualquer momento.

Abaixei a cabeça, o anel estava seguro em minha mesa, não o levaria para missões como essa. Depois de cinco anos juntos e um Arlo mais que intrometido Levi me pediu em casamento, não anunciamos apenas aconteceu e um mês depois era oficial. Ninguém teria descoberto se um dos novatos desavisados não tivesse a coragem de me cortejar.

O refeitório estava cheio, conversas aconteciam de todos os lados, bebidas foram liberadas então os soldados estavam mais alegres do que o comum. Sentada no canto estava apenas rindo dos jovens inconsequentes, será que um dia também fui assim?

Não, a resposta eu já sabia. Estava ocupada demais com os fantasmas do meu passado.

— Capitã [Nome] — um rapaz se aproximou —, tão bonita e tão sozinha. O que acha de eu ser sua companhia pela noite? Até mais se quiser...

Foi uma tentativa, daria méritos pela coragem e lamentaria por sua alma já que Levi vinha andando em nossa direção e escutou toda a conversa.

Foi um segundo que o capitão puxou o garoto, socou seu rosto e o colocou deitado na mesa, sacando a adaga que sempre levava nas vestes cravou a lâmina a poucos centímetros do rosto do rapaz.

— Tem que ter muita coragem ou ser muito burro para se jogar na esposa de alguém, ainda mais em sua frente.

Foi assim que todos descobriram. Não era grande coisa para ser sincera, era um rótulo para o sentimento que nutrimos um pelo outro, com ou sem ele continuamos sendo os mesmos de antes, embora tenha arrepios quando me chama de esposa.

— Cortar pescoços é nossa especialidade — respondi —, devem saber o que esperar quando se mexe com o casal mais forte da humanidade.

— Argh, eu realmente odeio vocês dois.

Erwin deu o comando para que nós avançássemos, sondar as áreas periféricas e estabelecer pontos de abastecimento para dar apoio ao avanço humano. Com essa missão a Unidade de Reconhecimento leva o melhor que a humanidade tem a oferecer.

N/A: É isso! Raison D'être chega ao fim com aproximadamente 55.600 palavras, 44 capítulos e praticamente 18 meses de postagem.

Eu amei escrever nesse universo, espero que tenha feito jus aos personagens, lendo suas características e não forçando ações que talvez pareçam demais. Não é o final, pretendo sim seguir o anime e aprofundar um pouco as relações afinal temos ainda muitos mistérios a serem resolvidos.

Agradeço a tods que chegaram até aqui, muito, MUITO, obrigada. Sem vocês não sou nada.

Espero vocês (um dia) na segunda temporada.

Veja o livro Verba Volant, Scripta Manent, para mais informações. Inclusive a continuação.

Nadi, Xx!