Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴠɪɪɪ

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* I know I don't know you, but I want you so bad. Everyone has a secret, can they keep it? No they can't.


Tᴏɴʏ Sᴛᴀʀᴋ

— Então, sou eu o caubói? Devo usar esporas e chapéu? Porque, por sorte, eu tenho os dois. -Comento entrando na brincadeira, me esforçando muito para segurar o riso. No entanto, não consigo evitar o sorriso irônico e divertido em meu rosto.

— Ah, Tony. -Diz Nannabeth, enquanto desliza para o meu lado. Desde o primeiro segundo, fez questão que eu a chamasse assim. — Aí está o senso de humor! Mulheres adoram homens engraçados. Aliás, esta é minha linda neta Gingerbell. -Ela sorri e diz por entre os dentes: — Diga oi, querida. -Depois se inclina para a mulher e sussurra: — Ele não é bonito?

Como se estivesse em câmera lenta, a loira se vira em minha direção, lentamente. Os cabelos balançando suavemente contra seu rosto. Quando ela completa a volta, fico completamente sem ar. Esqueço como se respira.

— Me desculpe. -Diz totalmente envergonhada. As bochechas ganhando um tom de vermelho cereja muito rapidamente. — E é Virginia, a Nan ainda acha que sou criança. -Corrigi a avó.

Agora que não está fazendo imitação, reconheço perfeitamente sua voz.

É a amiga da Nat. É a cirurgiã que salvou a Kate. A que fez a cirurgia da Belinda. -Penso comigo mesmo, sentindo meu coração oscilar entre 100 batidas por segundos e batidas perdidas.

Eu só ouvi sua voz uma vez, enquanto andava pelos corredores do Johns Hopkins Hospital. Sei que parece improvável, mas eu jamais esqueceria esse som.

— Prazer em te conhecer, senhorita... hum... Virginia. -Digo estendendo a mão cumprimentá-la.

Ela prontamente aceita e sorri. Não me restam dúvidas, eu sei que são a mesma pessoa.

Eu estava esperando próximo ao berçário, para conhecer a Kate, quando a vi circulando entre o espaço. Ela tinha um bebê no colo, que na época eu não sabia ser a minha filha, e parecia estar se divertindo, fazendo caretas fofas para ganhar sua atenção. Eu não consegui ver muito. Ela estava a maior parte do tempo de costas, mas nos breves momentos que se virava, eu ficava encantado com seu sorriso.

A loira deixou o berçário pouco antes de eu entrar. Quando passou por mim, ela conversava com uma enfermeira e sua voz ficou marcada em minha mente. Era suave, doce e soava como uma melodia.

Lembro que despediram quando o auto falante informou uma cirurgia de emergência. Eu tentei vasculhar minhas memórias em busca do sobrenome que ouvi, no momento não me pareceu importante, mas agora era tudo que eu queria conseguir lembrar.

Após o que se pareceu com uma eternidade, um momento de clareza me atingiu e palavras soltas me vieram à mente. Era o momento da confirmação.

— Virginia Potts? -Pergunto, certo da resposta afirmativa.

— Espera, vocês já se conhecem? -Nannabeth questiona, alternando o olhar entre nós dois.

— Depende do porquê. -Ela desconversa, e eu sorrio.

— Meu nome é Anthony. Mas talvez você me conheça como Tony Sta...

— Tony Stark. -Ela me interrompe. — O irmão da Nat. -Completa.

— Bom, pode me chamar de Tony.

— Ou você pode chamá-la para sair! -Diz Nannabeth, dando um sorrisinho. — Ela está solteira.

— Nanna, você não tem nenhum cliente para atender? -Virginia pergunta séria.

A senhora olha em volta e percebe que algumas garotas com flores no cabelo pegam um maço de ervas e acenam para ela.

Before You Say GoodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora