* She'd take the world off my shoulders if it was ever hard to move. She'd turn the rain to a rainbow when I was living in the blue.
Pᴇᴘᴘᴇʀ Pᴏᴛᴛs
— O que é tudo isso? -Questiono assim que entro em casa. Há malas por quase toda a sala, tornando praticamente impossível ver a pequena Kate sentada no centro do tapete felpudo.
— Mamãe! -Ela grita e corre em minha direção no momento em que escuta o som da minha voz.
— Oi filhota, como meu anjinho está? -Pergunto ao mesmo tempo em que me abaixo para pegá-la no colo. Cheiro seus cabelos loiros e ondulados enquanto ela passa os braços em volta do meu pescoço, se aconchegando ainda mais contra meu corpo.
Há pouco mais de 4 meses legitimamos a adoção da Kate, desta forma, passei a ser oficialmente sua mãe. Pelo menos no papel, já que há quase 1 ano ela substituiu sua palavra favorita "Pep" por "mamãe". Ainda me lembro da primeira vez que ela me chamou assim, foi algo natural e em que apesar das circunstâncias, encheu meu coração de alegria.
Era uma quarta-feira ensolarada e eu tinha acabado de sair de uma cirurgia bem sucedida. Caminhava pelos corredores da pediatria com certa pressa, já que estava atrasada. Naquela manhã, a Kate teria uma consulta médica, coisa rotineira, e também deveria tomar algumas vacinas. Eu sabia como ela ficava manhosa e enjoadinha naqueles dias, então queria estar por perto.
Bastou que me aproximasse da sala em que sabia que a encontraria para ouvir seu choro e gritos chamando pela "mamã". Apressei ainda mais meus passos, abrindo a porta ofegante, sem entender de fato o que estava acontecendo.
— Oi, eu já estava para pedirem para te bipar. -Tony me cumprimentou, um tanto aflito, enquanto tentava acalmar a filha deitada na maca médica.
— Mamãe! -Kate estendeu os braços para mim quando me viu. — Eu quero a mamãe. -Falou tentando se livrar do moreno. As mãozinhas agitadas balançando no ar.
O que exatamente ela queria dizer com "Eu quero a mamãe"?
— Vai lá. -Harper indicou para mim. — Nós precisamos aplicar as vacinas e ela não vai deixar sem você por perto. -Disse, com um sorriso doce e encorajador em seu rosto.
Eu? Por que eu iria? A Kate não queria a mamãe? Eu não estava conseguindo raciocinar, me sentia zonza. Um tanto quanto sufocada.
— Não, mamãe. Não! -A voz desesperada da garotinha me tirou do transe.
— Ei, tudo bem! -Caminhei até a maca. — É só um picadinha, meu amor. -Tentei tranquilizá-la, acariciando suas bochechas, já vermelhas de tanto chorar.
— Vamos para casa, mamãe. Para casa. -Pediu, esticando os bracinhos para mim. Vendo aquela cena, era impossível não pensar em pegá-la no colo e correr para o mais distante do consultório. Mas eu sabia que não poderia.
— A mamãe está aqui agora, tá bem? -Beijei sua testa e aconcheguei-a contra meu peito, olhando rapidamente para Tony. Os olhos marejados dele era a confirmação que eu precisava: A Kate estava chamando por mim. Ela me queria ali. Eu era a mamãe. — A tia Harper vai ser bem rápida, tá certo? Vai passar tão rápido que você nem vai sentir. -Beijei sua testa enquanto observava a médica preparar a seringa com o conteúdo da vacina.
— Não quero!
— Eu sei que não, meu anjinho. Mas você precisa para poder crescer linda e saudável. -Tentei explicar. — Assim que sairmos daqui a gente vai assistir muitos filmes da Barbie e ficar agarradinhas na cama do papai e da mamãe comendo pipoca, que tal?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Before You Say Goodbye
FanfictionVirgínia Potts e Anthony Stark são dois jovens que têm seus caminhos cruzados de um jeito inusitado. Encontrando conforto um no outro, desenvolvem uma amizade improvável. Mas o que pode acontecer quando o sentimento evolui? Será o suficiente para s...