9 - cap.

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Amber Morris.

Hoje é uma segunda feira e eu infelizmente tenho trabalho. Não estou nos meus melhores dias hoje, acordei sem ânimo pra nada, minha ansiedade está atacada e eu apenas queria ficar deitada na cama e chorar. Chorar até toda a minha dor ir embora.

— Bom dia titia. — Eric diz assim que me ver sair do quarto.

— Bom dia amor. — Beijo sua testa. — Avisa a sua irmã que eu já estou indo, tá bom? — Ele assente e eu saio de casa.

Passo pela portaria, dou um bom dia para o porteiro e logo entro em meu carro, e vou em direção a empresa.

Eu não estava bem hoje, eu apenas queria descarregar toda essa dor que está em mim, toda essa dor que eu carregava.
Eu odiava me sentir assim, me sinto fraca, me sinto como se fosse uma fracassada que não aguenta nada da vida.

— Bom dia...O chefe vem aqui hoje falar com você. — A secretária diz.

Porra, mais um problema.

— Ok. — Não rendo muita conversa e logo vou para o escritório que eu ficava.

Pego alguns papéis e começo a fazer o meu trabalho, o que foi um pouco falho. Não consigo me concentrar, merda de ansiedade.

Escuto duas batidas na porta e respiro fundo.

— Entra...— Murmuro baixinho.

— Bom dia, Amber Morris. — Hacker entra todo sorridente.

— É..oi. — Finjo não ligar muito pra sua presença.

— Tenho uns assuntos pra falar com você. — Escuto ele falar e faço cara de tédio.

— Pode falar. — Ele se senta na cadeira em minha frente.

— O seu pai Amber, está ameaçando nossa empresa. — Encaro ele.

— E? — indago.

— Ele quer você de volta. Ele não gostou de saber que você está aqui. — Reviro os olhos. — Ele me ameaçou.

— E desde quando você aceita ameças hacker? — Pergunto.

— Amber. — Ele me repreende.

— Hacker, me poupe, se poupe e nós poupe. — Apoio minhas mãos na mesa. — Meu pai é só um empresário corrupto. E você? Não faz faça dizer o que você é.

— Amber porra, você tem que me escutar. — Ele aumenta o tom de voz.

— Olha hacker...pode ser depois? — Ele me encara. — Por favor?

— Você está me pedindo por favor? — Respiro fundo.

— Estou Hacker, estou. — Falo. — Não estou em um dos meus melhores dias, eu não estou bem.

— Não está inventando isso para adiar nossa conversa, né? — Respiro fundo outra vez. Eu vou meter a mão na cara dele.

— Eu não estou bem hacker. Por favor. — Sinto meus olhos arderem. Eu estava com lágrimas neles.

— Ok, me diga o que está acontecendo. — Encaro ele confusa. — Eu quero te ouvir.

— Como se eu fosse desabafar com você. — Ele revira os olhos.

— Eu tô tentando ajudar, Amber. — Ele diz.

— Tá certo. — Digo. — Eu só não estou muito bem hoje, minha ansiedade está atacada e se fosse possível, eu não queria nem levantar da cama hoje.

— Vai em psicóloga? — Ele pergunta e eu nego. — Você sabe que precisa ir.

— Eu consigo segurar minhas dores, eu consigo lutar contra elas sozinhas. Não preciso de psicóloga. — Minha mão começa a tremer e eu tiro ela de cima da mesa e coloco em minha perna.

— Amber... É pro teu bem. — Escuto ele respirar fundo.

— E desde quando você se importa? — Indago.

— Não começa. — Ele diz. — Se eu fosse você, procurava ajuda.

— Eu não quero ajuda. Eu não quero. — Ele me olha. — Eu não quero parecer fraca por estar procurando ajuda.

— Você sabe que isso não é parecer fraca. — Abaixo um pouco minha cabeça. — Você está lutando contra isso. Todos devemos procurar ajuda, mas nem todos sofrem com isso.

Sinto que todo mundo finge ser quem é, que, no fundo somos todos igualmente ferrados. Alguns apenas escondem isso melhor que os outros. — Falo e ele parece não saber o que falar.

— Amber, eu sinto muito. — Ele diz.

— Não sinta. — Eu estou exausta demais pra chorar. Chocada demais pra falar. Eu estou me sentindo submersa. 

— Continue a nadar. — Escuto ele falar e solto um sorriso de lado.

— Eu tentarei. — Ele sorri.

— Por que me odeia? — O garoto á minha frente pergunta quebrando o silêncio que ficou na sala.

— Eu não sei. — Sinto minha respiração falhar. — Nossas famílias são rivais, eu acho que já é uma resposta.

— Ainda fala com seu pai? — Eu nego. — Me desculpa.

— Desculpa? Pelo o que? — Pergunto confusa.

— Eu não queria que você me odiasse. — Sinto minhas pernas tremerem.

Eu não te odeio. — Ele me olha.

— Parece. — Respiro fundo.

— Desculpa se você acha isso, eu vou tentar ser mais legal. — Digo.

— Amigos então? — Ele pergunta e se levanta e eu faço o mesmo.

— Amigos. — Estendo minha mão mas ele me puxa para um abraço.

— Saudades dos seus gemidos. — Ele diz no meu ouvido enquanto me abraçava.

— Hacker, tchau. — Falo brincando e soltamos uma risada.

— Contamos pro Kio e pro Ryan? — Ele pergunta e eu nego.

— Não, agora não. — Falo e ele sorri.

— Eu tenho que ir, tenha um bom dia. — Ele diz e se aproxima da porta abrindo a mesma. — Está liberada, pode ir embora se quiser.  — Ele diz e fecha a porta.

Parece que a rivalidade de Amber Morris e Vinnie Hacker acaba aqui.

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