29 - cap.

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Ayla Borges.

O Ryan e a Catherine chegaram hoje pela manhã da viagem que nenhum de nós sabemos o real motivo mas também não falamos sobre. Não tive tempo de falar com o Ryan sobre os acontecimentos do hospital mas pretendo conversar com ele em breve.

Maria Luísa me chamou para ir na casa dela passar o dia lá e aqui estou eu, batendo na porta da mesma. Maria Luísa abre a porta com uma cara de sono terrível e os cabelos bagunçados, ela deveria estar dormindo.

— Entra. — ela diz sem humor. — Vou tomar um banho e comer, depois falo com você.

O humor da linda só melhora depois que ela comer.

Entro na grande casa e a Malu sobe as escadas indo até o seu quarto e eu jogo minha pequena bolsa no sofá da sala e vou até a cozinha buscar um copo de água. Chego na cozinha e vejo Arthur e uma mulher loira se pegando no balcão.
Eu apenas encaro a cena e nego com a cabeça.

— Ayla? — O Arthur parece notar a minha presença. — Não é o que você está pensando.

— Fala de filme clichê? sério? — nego com a cabeça novamente e vou até a sala e me sento no sofá, levando minhas duas mãos até o meu rosto.

Como eu sou burra. Uma idiota.

Olho para trás e vejo a loira saindo de casa e Arthur vem até mim se sentando ao meu lado.

— Ayla, podemos conversar? — Ele diz e eu solto uma risada.

— Conversar sobre o que? Sobre eu e você termos se beijado algumas vezes e eu me senti incomodada ao te ver com outra no dia seguinte em que escutei coisas fofas sobre nós? — encaro o garoto.

— Ayla, por favor. — ele implora.

Me levanto e o garoto faz o mesmo, e para em minha frente ficando bem próximo de mim.

"corra ao meu redor em círculos, como você sempre faz.
mexe comigo de propósito, então assim, eu vou me apegar a você."

Nada do que eu te disse ontem é mentira, Ayla. — Arthur tenta se aproximar, mas eu me afasto.

— Você disse que eu era diferente porra, e no dia seguinte está com outra? — solto uma risada em deboche. — Eu não sou uma segunda opção Arthur, eu não me humilho a isso.

— Você nunca foi uma segunda opção pra mim Ayla. — ele diz. — Se beijamos algumas vezes.

"eu sei o que você quer dizer quando age assim, mas você não sabe que está quebrando meu coração.
disse que isso nunca aconteceria, e então, quase me beijou no escuro."

Eu não sei lidar com isso. — eu falo. — Nossos beijos nunca mais iram acontecer.

— Não faz assim, Ayla. — ele abaixa a cabeça. — Por favor.

— Eu não sei lidar com o fato de ter só metade de alguém Arthur, eu não mereço apenas isso. — cuspo as palavras.

"toda vez que nós conversamos, dói muito, porque eu nem sei o que somos.
eu nem sei por onde começar, mas eu posso interpretar o papel."

— Porra Ayla, eu viciei em você, eu viciei nessa merda. — Ele se aproxima de mim e eu afasto um pouco.

O garoto se aproxima cada vez mas e segura em meu rosto puxando pra mais perto do dele deixando nossas bocas bem próximas. O mesmo leva sua outra mão até minha cintura e eu sinto um arrepio imenso percorrer sobre meu corpo. Ele gruda nossos lábios em um beijo com brutalidade e desespero. Eu queria, mas não podia e ao mesmo tempo não sabia como parar.

"dizemos que somos amigos, mas eu estou te olhando do outro lado da sala, não faz sentido, porque estávamos brigando por causa do que fazemos?"

As mãos dele percorrem sobre meu corpo e eu levo uma de minha mãos até a sua nuca passando minha unha ali e sentindo ele se arrepiar. Sorrio durante o beijo e o mesmo me puxa para mais perto dele fazendo nossos corpos se juntarem e eu sentir um calor me invadir.

"e não tem como eu acabar com você, mas amigos não olham para amigos desse jeito.
amigos não olham para amigos desse jeito."

Arthur me leva até o sofá e me senta em seu colo enquanto eu envolvo minhas pernas pela sua cintura e o mesmo leva sua mão até os meus seios e aperta eles durante o beijo me fazendo arfar.

"nem posso dizer se eu te amo ou odeio mais.
você me viciou e eu não sei dizer quem está marcando aos pontos.
eu sei o que você quer dizer quem age assim, mas você não sabe que está quebrando meu coração.
disse que isso nunca aconteceria e então, quase me beijou no escuro, toda vez que nós falamos dói tanto porque eu nem sei o que somos, e nem sei por onde começar,
mas eu posso interpretar o papel."

Levo minhas mãos até o seu cabelo dando leves puxadas no mesmo e em seguida sinto ele apertar minha bunda com força, o mesmo para de me beijar e beija meu pescoço e eu fecho os olhos sentindo seu toque sobre minha pele.

"dizemos que somos amigos, mas eu estou te olhando do outro lado da sala, não faz sentindo porque estávamos brigando por causa do que fazemos, e eu sei que não tem como eu acabar ficando com você."

Sinto arrepios no meu corpo inteiro quando sua mão gelada toca em meus seios por dentro da blusa me fazendo morder o lábio inferior, vendo ele da um sorriso vagabundo.

"amigos não olham para amigos desse jeito.
amigos não olham para amigos desse jeito"

Escuto passos e logo salto do colo do Arthur me sentando no sofá outra vez e Maria Luísa invade a sala reclamando sobre alguma coisa.

— Vamo lá na cozinha, agora. — ela diz toda estressada e eu apenas concordo.

— Isso nunca mais vai acontecer. — Repito a Arthur enquanto vejo Malu sair da sala.

— Não nega que quer. — Ele pisca e sorri vagabundo pra mim e sai.

just fuck me.Onde histórias criam vida. Descubra agora