18 - cap.

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Vinnie Hacker.

— Cadê minha irmã? — Olho para o lado e vejo a Ayla entrando no hospital com o rosto todo vermelho.

— Calma Ayla. — Kio fala.

— Eu quero a minha irmã. — Ela diz e começa a chorar. — Eu quero ela.

— Ayla, por favor. — Ryan se aproxima dela.

— Ela te bem Ryan? — Ela diz e Ryan fica calado. — Por favor, me diz que ela tá bem.

— Eu não sei Ayla, não tenho notícias. — Ele se aproxima mais dela e a primeira coisa que ela fez é puxar ele para um abraço bem apertado.

— Tá doendo Ryan. — Ela diz chorando ainda no abraço e sinto meus olhos encherem de lágrimas novamente.

— Eu sei Ayla, eu sei. — Ele passa a mão pelos cabelos dela. — Tá tudo bem, vai ficar tudo bem.

— Faz parar de doer, por favor, faz parar de doer. — Ela chora mais. Eu podia sentir a dor dela.

— Ei. — Ele levanta a cabeça dela encarando seu rosto e vejo Arthur encarar toda aquela cena quieto. — Ela vai ficar bem, fica calma.

Ayla apenas assente e se desfaz do abraço do Ryan e vem até mim me dando um abraço apertado também.

Eu me senti bem por minutos.
Um abraço era tudo o que eu queria.

— Vai ficar tudo bem. — Ela sussurra tentando me passar confiança e logo vai até Arthur dando um abraço apertado nele também.

Arthur beija o topo de sua cabeça e ela da um abraço em Kio que faz o mesmo.

— Parentes de Maria Luísa Hacker? — Uma mulher se aproxima de nós.

— Aqui. — Falo e ela se aproxima.

— O estado da Maria Luísa estava grava quando chegou aqui, mas não tão grave quanto o da bebê que estava com ela. — olho de relance para Ayla e vejo Kio abraçar ela de lado.

— Elas estão bem? — Arthur pergunta com a voz trêmula.

— A Maria Luísa está estável agora que passou por uma cirurgia. — Eu suspiro aliviado. — Mas a Luara perdeu muito sangue e está em cirurgia nesse exato momento.

— Tem riscos? — Ayla pergunta chorando.

— Olha, não vou mentir. — A enfermeira encara Ayla. — Tem, e muitos. Ela chegou aqui muito fraca e perdeu muito sangue, se ela sobreviver a essa cirurgia, eu diria que foi um milagre.

Vejo Ayla cair no chão chorando e logo Arthur se abaixando ao seu lado puxando a mesma para um abraço.

— Que merda. — Ryan sussurra passando a mão no rosto desesperado.

— Calma Ryan. — Falo.

— A pequena precisa de sangue. — A enfermeira diz a Ayla se levanta.

— Que inferno, meu sangue não é o mesmo que o dela. — Ayla coloca a mão na cabeça e começa a agarrar em seus cabelos com força dando algumas puxadas no mesmo.

— Para Ayla, não faz essa porra. — Kio se aproxima dela e tira as suas mãos de seus cabelos. — Isso é praticamente automutilação porra.

— Me deixa. — Ayla sussura. — Eu quero a Lua. — Ela volta a chorar passando a mão pelo rosto.

— Qual o tipo sanguíneo dela? — Pergunto e a enfermeira diz e vejo Ryan abrir um sorriso.

— Eu posso doar. — Ryan diz e a enfermeira abre um sorriso.

— Ryan. — Ayla chama ele. — Obrigada, de verdade. — Ela se aproxima do Ryan.

— Relaxa Ayla, a Lua é importante para todos nós. — Sorrio ao ver aquela cena e logo Ryan sai com a enfermeira.

Ayla muda de expressão e se senta na cadeira.

— Qual foi Ayla? — Pergunto.

— O tipo sanguíneo da Lua é o mesmo do nosso pai. É o mesmo sangue que o dele. — Ela fala e o Arthur me encara.

— E o que tem? — Kio pergunta.

— Burro. — Arthur fala.

— Ou Ayla. — Chamo ela. — Tu nunca notou o quanto tu e a Lua se parece com o Ryan não?

— Que? — Ela parece confusa. — Como assim?

— Tu e a Ayla se parecem demais com o Ryan. — Solto a bomba para a ayla e ela nega.

— Para de brincadeira. — Ela vira o rosto.

— É sério pô, não tô brincando. — Digo e Arthur se aproxima da ayla

— Qual a chance de vocês ter algum parentesco? — Arthur pergunta.

— Nenhuma. — Ayla suspira. — Ou também uma chance bem pequena já que eu nunca conheci meu pai e muito menos a família dele.

— Como assim? — Kio pergunta. Esse moleque é muito burro.

— Tudo que eu sei sobre meu pai é que minha mãe trabalhava na casa dele, e eles dois tinham um caso. — Ayla da ombros.

— Ele era casado? — Arthur pergunta e Ayla assente.

— Quando eu nasci, minha mãe disse que saiu do emprego, pelo menos foi o que ela disse. — Ayla da ombros. — Mas teve um dia que o meu pai foi procurar ela e acabou rolando e ela engravidou da Lua.

— Caralho. — Kio fala.

— Eu não sei se ele sabe da minha existência, porque talvez minha mãe possa não ter contado, mas também não sei se ele me abandonou, eu não sei de nada. — Ela abaixa a cabeça.

— Quando o Ryan chegar, você conversa com ele. — Falo e ela me encara. — Pode ter chances de vocês serem primos, ou até irmãos.

— Impossível. — Ayla diz.

— Impossível não. — Kio da ombros.

— Depois eu vejo isso, eu quero saber se a minha irmã está bem.

O Ryan logo chega falando que conseguiu doar o sangue.

Ficamos um tempo ali esperando até que a enfermeira chega chamando pela Ayla.

— A Luara está bem agora. — Vejo a Ayla suspirar aliviada. — Bela atitude, a família de vocês é linda.

Ryan encara ela.

— Família? — Ryan pergunta.

— É uai, vocês não são uma? — Continuamos em silêncio. — Olha, o seu sangue é bem parecido com o da Luara, eu não sei te explicar direito por que sou apenas enfermeira e não posso te dar esse tipo de informação, mas um teste de DNA cairia bem. — Ela diz e sai.

— Minha cabeça vai explodir. — Ayla passa a mão pela cabeça e Ryan se aproxima dela.

— Depois a gente ver isso, relaxa. — Ayla solta um pequeno sorriso pro Ryan.

— Boa tarde. — um médico vem até nós.

— Sou o médico responsável pelo atendimento da Maria Luísa e da pequena Luara. — Ele diz. — As duas estão liberadas para visitas. — Pode entrar até 3 pessoas no quarto.

Eu, Arthur e Kio fomos ver a Maria Luísa e o Ryan foi junto da Ayla ver a Lua.

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