39 - cap.

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Ayla.

Tantos pensamentos em minha cabeça nesse momento, eu não tô conseguindo processar nada.

Saio da sala batendo a porta e indo em direção ao quintal e vejo a Lua brincando com o Eric no cantinho da piscina.

— Lua, vamos embora. — Grito chamando a atenção dela e de todos que estavam ali.

— Ayla espera. — Ryan grita e vem até mim. — Não vai embora assim.

— Filha, por favor. — O pai do Ryan vem atrás.

Nesse momento os meninos e as meninas já estavam fazendo uma rodinha e perguntando o que estava acontecendo.

— Não me chama de filha. — Me afasto.

— Mamãe. — Escuto a voz doce da Lua me chamando e vou até ela pegando ela no colo. — Eu quelo ficar.

— Meu amor, outro dia você brinca com o Eric tá, mas agora a gente vai embora. — Sorrio pra ela e coloco ela no chão.

— Cat, pega a mochila da Lua que a gente já vai. — falo e cat sai pra pegar a mochila.

— A Lua fica. — Escuto o pai do Ryan falar e sinto o ódio tomar conta de mim.

— Tá achando que é quem? Some as nossas vidas inteiras e acha que tem moral em algo é porra? A Lua vai comigo. — falo.

— Eu também sou o pai dela Ayla, e o seu também, então me de respeito.  — ele fala me fazendo rir irônica.

— Quem é tu pra falar de respeito? Se a responsa de tudo fica sobre meu peito. — Grito e escuto a Lua chorar.

— Ayla, eu sou seu pai. — Ele diz com a voz falha.

— Pai? Pai é o caralho, nunca precisei de um pai e não vai ser agora que vou precisar. — Nego com a cabeça e vou até a Lua.

Pego a lua no colo e vejo a mãe do Ryan se aproximar.

— Fica bem Ayla, você é uma menina incrível e saiba que eu estou do seu lado. — Ela diz me fazendo sorrir e logo deixa um beijo em minha testa e na testa da Lua.

— Obrigada, a senhora é o amor, valeu mesmo por ter cuidado da Lua. — Agradeço.

— De nada querida, precisar é só chamar. — Ela diz. — Ah, e se eu fosse você não perdoaria também.

— Não começa. — O pai do Ryan, ou melhor, meu pai também fala impaciente com a mãe do garoto.

— Não vem achando que eu estou de boa com essa história, eu não vou ficar nessa casa. — A mulher fala.

— Eu já disse que a Lua fica. — Reviro os  olhos ao ouvir a fala do Richard.

O nome dele é Richard. Ele é meu pai e eu nem sequer sabia o nome dele.

— Olha aqui, senhor Richard. — Arthur fala. — Eu tenho uma consideração enorme pelo senhor e eu não quero acabar com essa consideração, então a Lua vai com a Ayla.

O Richard entendeu sobre o que o Arthur estava falando.

Ia acabar com a consideração a base de tiro.

— Prometo que falo com vocês depois. — Falo pro pessoal e o Arthur faz sinal que está indo me esperar lá fora.

Pego a mochila com a cat e vou ate o Ryan.

— Ja te considerava meu irmão mesmo, bobão. — Brinco e ele sorri me abraçando forte.

— Sufocando. — Lua fala com um pouco de dificuldade já que ela estava no meio do abraço em meu colo e todos nós começamos a rir.

— Fica bem, amanhã eu vou ver vocês. — Ryan fala e deixa um beijo em minha bochecha e na bochecha da Lua.

E graças a deus, eu saio dali.

Não estava mais aguentando aquele ar pesado.

— O que aconteceu? Tô confuso pra caralho mané. — Arthur brinca enquanto coloca Lua na cadeirinha atrás do carro.

— Te explico no caminho. — Ele sorri e entra no carro e eu faço o mesmo.

A parti de hoje, minha vida vai virar de cabeça pra baixo.

just fuck me.Onde histórias criam vida. Descubra agora