34 - cap.

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Kio

Passamos a noite toda rindo e aproveitando o acampamento. Arthur não desapregava da Ayla, parecia carrapato. Ryan também não saia do pé da Catherine, ela tentava esconder que os dois estavam juntos, mas todos nós já percebemos isso, não sei porque escondem. Amber tava com o violão, ela passou a noite cantando. Hacker não conseguia tirar os olhos dela, e eu entendo ele, Amber é uma mulher foda e tem uma voz mais foda ainda, não entendo essa rivalidade entre eles. Os dois formariam um dupla incrível, se ao menos conseguissem ficar uma hora um do lado do outro sem se alfinetar. Isso era impossível entre os dois.

A Malu está linda hoje. Ela está radiante, e o seu sorriso, sua gargalhada, está me deixando tão feliz. A Malu é encantadora, e eu confesso que sempre me senti atraído por ela, mas tenho que reprimir essa atração, afinal de contas, ela é irmã do meu melhor amigo. A Malu é a garota mais linda que eu já vi. Ela tem olhos claros, seus cabelos loiros com algumas ondas de ondulação. Ela tem uma risada contagiante, e sua energia deixam todos na roda animada.

Enquanto a Amber canta e toca, a Malu dança, ela gira em torno da gente, pula, e as vezes puxa a Ayla e a Catherine para dançar também, embora a Catherine tenha negado dançar várias vezes, a Ayla aceitou todas, e está as duas agora pulando igual duas crianças. A música que a Amber tá tocando é calma, mas isso não impede elas de se divertirem.

Eu levanto de onde estou sentado, espero que ninguém tenha visto. Vou até a minha barraca, pego um caderno de desenhos e um estojo com alguns lápis. Caminho até um canto mais reservado e longe da vista de meus amigos e começo a desenhar a vista à minha frente, a praia e a lua.

Desenhar sempre foi um hobbie. Meu pai era desenhista, ele queria ser artista, mas essa profissão não deu lucro o suficiente pra sustentar sua família e ter uma vida estável, então ele assumiu os negócios do meu avô. Desde pequeno, meu pai me ensina a desenhar, e hoje em dia sou apaixonado por desenhos. É tipo uma terapia.

— O que você está desenhando? — escuto a voz da Malu atrás de mim e me assunto. Não sabia que ela tinha me visto sair.

— Tava desenhando a paisagem. — respondi, mas tirei a folha e amassei o papel. Eu tinha borrado quando me assustei.

— Não sabia que você desenhava. — ela fala e senta ao meu lado.

— Poucas pessoas sabem.

— Você pode me desenhar? — ela pergunta e eu solto uma risada baixa.

— Claro. — não tenho muita experiência desenhando pessoas, só faço desenhos de paisagens.

— Ok, espera só um segundo. — ela fala, levanta de onde estava sentada e corre em direção a sua barraca. Quando volta, ela está com uma coroa e um cachecol gigante em volta do pescoço. Solto uma gargalhada e ela me encara feio, e tento esconder o sorriso.

— Eu queria ficar bonita para que você possa me desenhar, ok? Não fique rindo, seu palhaço babaca. — ela fala e se senta novamente do meu lado.

— Você já é linda, não precisa de mais nada. — falo e consigo ver a Malu tentando esconder um sorriso.

Ela faz uma pose e eu tento começar a desenhar ela. Os ventos estão bagunçando seus cabelos, eles estão voando em seu rosto, mas ela não sai da pose. Tento desenhar alguma coisa. Rabisco, não gosto, rasgo e jogo fora. Repito isso umas três vezes.

Solto um suspiro frustado e Malu me encara com o cenho franzido.

— O que aconteceu? — ela me pergunta preocupada.

— Não consigo te desenhar.

— Por que? Eu fiz algo errado? Me desculpa.

— Não não, você não fez nada de errado. Eu não tenho muita experiência desenhando pessoas. — falo e vejo malu tirar a coroa que está na cabeça dela e logo depois o cachecol. — É que, você é tão linda que eu tenho medo de te desenhar e não fazer justiça a você.

Ela sorri e me encara, sinto meu estômago revirar. É estranho essa sensação, Malu sempre teve o poder de me deixar louco e nervoso. Ela mexia comigo. Eu encaro seus olhos e meu olhar vai descendo até chegar em seu lábio, e eu sinto uma vontade imensa de avançar contra ela e a beijar. É uma vontade tão grande que eu não consigo nem pensar, quando me dou conta, nossos lábios já estão grudados.

Sinto a mão dela em minha nuca, e eu levo uma de minhas mãos até seus cabelos, enquanto a outra está apoiada na coxa dela. A língua de Malu toca meu lábio inferior, e eu arrepio com a sensação. A outra mão de Malu vem por baixo de minha camisa e sinto ela passando suas unhas de leve em meu abdômen e solto um suspiro. Subo minhas mãos apalmando um seio dela por cima da camisa e malu solta um gemido baixo. Mordo de leve seu lábio inferior e finalizo o beijo com alguns selinhos.

Grudo minha testa com a da Malu e sorrio, ela também tá sorrindo. Ouvimos gritos e risadas vindo e conseguimos ver Cat e Ryan correndo em direção ao mar, Ayla e Arthur logo atrás. Ayla e Catherine estavam de biquíni, realmente não sei como elas aguentam, tá um frio do caralho.

A risada alta de Ayla e um assobio do Arthur fez a gente rir. Arthur agarrou a menina pela cintura e começou a beija-la. Ryan por outro lado ficava jogando água em Catherine, ele mergulhou na água e a puxou junto, os dois voltaram a superfície abraçados, e Ryan ficava fando vários selinhos no rosto da ruiva e ela só ficava rindo feito boba.

— Vamos também? — Malu pergunta e eu sorrio. Levanto e estico a mão para ela que pega sem hesitar. Malu tirou sua calça e sua blusa, ficando apenas de calcinha e top de academia. Eu tiro minha camisa e minha bermuda, e corremos em direção ao mar.

— Aonde vocês estavam? — Catherine pergunta com um sorriso malicioso.

— Sua diaba, nós estávamos conversando. — Malu fala e as duas garotas soltam uma gargalhada.

Ficamos um bom tempo rindo, brincando e jogando água um no outro. Ayla e Arthur ficavam se beijando constantemente, e eu senti vontade de fazer o mesmo com a Malu mais uma vez, mas não sei se podia, então me segurei. Ryan não deixava Catherine quieta e ficava o tempo todo empurrando a cabeça da garota embaixo d'água e bagunçando os cabelos dela. Ela ficava estapiando ele e o palhaço só ficava rindo. Eu estava feliz pra caralho.

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