{Dor sem nome}

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Quem você acha que é para me trazer tal dor?
Depois de tantos sorrisos,
E momentos com felicidade incontável,
Quem acha que é para me levar ao céu e ao inferno?
Por qual motivo acha que tudo te envolve,
Que me prendi a você?
Me fazendo perceber sua ilusão mal escondida,
Mal protegida por vidro frágil?

No começo,
Realmente achei que daria certo,
Agora percebo que o começo era só mais um dos truques.
Um dos seus incontáveis truques.

Truques lotados de boas intenções,
Com você ao meu lado,
Me senti tão bem,
Que sorrir tinha virado normal.
E o calor em meio peito tinha passado a ser apenas uma demostração do quão feliz estava.

Seus truques deram as caras finalmente,
E como antes dito,
Me vi em uma de suas armadilhas.
Presa em uma ilusão.
Uma ilusão sua,
Que você me fez criar,
Sem eu nem perceber.

Se fez de propósito ou não,
Como eu iria saber?
Descobrir algo assim?
Talvez pelos olhares tortos,
Frases desavençadas,
E motivos sem sentido?
Será que estava na minha frente durante esse tempo todo?

Assim como foi o tempo que fiquei com você?

Agora uma dor sem nome,
Sem dono,
Sem propósito ou causa,
Se apessoa de mim.
Tomando parte,
Do que antes era seu,
Do que antes eram sorrisos acumulados,
Em nada.

Em uma dor sem nome,
Agora só me resta lhe dizer algo:
Sua sem nome, como poderia ousar a mudar tudo que eu conheço por orgulho próprio?
Como seu orgulho se tornou egoísmo e fui a última a descobrir?

E sendo ingênua você se fez de nada.
Se fingindo de boba se tornou o que tinha imaginado,
Se moldou pra mim.
PORQUE SE MOLDOU PRA MIM?
Me acostumou com sua versão suave,
Com suas discursões enciumadas,
E assuntos sem sentido.
Por que?
Pra me causar mais dor sem nome?

Logo você,
Sem nome,
Sem rosto,
Sempre indecifrável,
Misteriosa,
Admirável,
Manipuladora,
Indecisa,
Como eu sem decidir seu nome,
Logo você?!

Por que?
Por que fez isso comigo?
O que eu te fiz?
Meus sorrisos não valeram a pena?
Minha felicidade não era boa o suficiente pra você sugar?
Era muito pouco pra você?
E como um belo e perigoso animal,
Decidiu que era hora de abandonar a sua presa e procurar uma nova?
Foi isso que eu me tornei para você,
Uma simples presa?

E se realmente foi,
A minha dor sem nome,
Ainda aberta como uma cicatriz recente vai se fechar um dia.
E você,
Ah você,
Vai estar bem longe,
Assim com o seu nome,
Que nem me lembrarei para colocar aqui.

Porque você se tornará, finalmente, a sem nome,
que me causou a dor sem nome,
mas incomum que eu já senti.

Virando a dor sem nome,
Que eu não esperava que viesse,
Mas que veio junto você,
Escondido em meio a sua ilusão escondida,
Protegida antes,
Pelo seu falso sorriso,
E sua felicidade em me corroer aos poucos...

Uma pena que eu percebi... Uma pena.

((Tenho uma certa mania de pedir para que mande palavras para mim, para eu fazer um poema sobre, dessa vez foram: Dor, Sorriso, Felicidade e Ilusão. E surgiu isso.) E juro que não estou estressada com alguém kkk.)

Interior de uma desordenada Onde histórias criam vida. Descubra agora