{Desculpas e obrigado...}

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Como começar...
Vou tentar ser a mais direta possível.
Eu não sei mais falar com pessoas...

É, simples assim.

Toda vez que elas me olham,
Eu sinto um frio incontrolável na minha barriga.
Sempre sem olhar nos olhos das pessoas,
Não quero que elas me leiam por meus olhos sofridos.

Não de novo.

Sem tantos novos amigos,
Mas me afastando inconscientemente dos antigos.
Parece que todos continuam os mesmos,
Mas eu simplesmente,
Não consigo ser nada daquilo que eles acham que eu sou.

Eu nem esperava chegar até aqui,
E agora sinto um balde de preocupação,
E pressão sendo derrubado,
Como água congelante em dia quente,
Em minhas costas.

E ainda tem você....

Como devo agir com você?
Eu descobri que só não faço as coisas.
Acho que não tenho mais coragem de nada.
Nem de ser seu amigo.

Você nem deve entender isso,
Afinal,
Como entenderia algo que eu nem lhe contei.

Devo estar cansada,
Sabe?

Cansada de ter que esperar por alguém,
Mas ao mesmo tempo,
Não conseguir tirar essa pessoa da minha cabeça.

De saber de cor certas coisas que nem fazem sentido.
De tentar te esquecer...
Ou talvez...
De tentar me esquecer.

Depois de tantos abandonos,
Sinto que se fosse assim,
Talvez seria bem melhor.
Ou muito pior.

Eu que sempre tentei ser a decisiva,
Mas agora virei a pessoa mais confusa e boba de todas.
De novo.

Eu queria ter coragem de lhe dizer alguma coisa dessa.
Mas sempre que penso nisso,
Meu estômago se revira,
E me pego pensando:
“Não, você não vai fazer isso.
Não deve ser nada demais,
Daqui a algum tempo passa.”

Só que nunca passa,
Você só entra na minha cabeça,
E como algo indesejável até para mim,
(Acredite, não sei se gostaria disso também.)
Não sai de forma alguma.

É como se eu tivesse em uma fase de jogo,
Toda vez tentando passar por ela,
E falhando todas às vezes.
Sem conseguir superar ela,
Sem conseguir entrar em outra,
Ou até,
Sem conseguir parar de pensar sobre ela.

E eu sei que não deveria ser assim...

E querendo ou não,
Logo vêm um desejo de te pedir desculpas...
Desculpa por gostar tanto de você...
Desculpa por não conseguir desviar meus olhares de você...
Desculpa por ter escrito isso pensando em você...
Desculpa ser a estranha daqui...
Desculpa por querer sumir agora...
E desculpas se você nunca ler isso.

Mas..
Como aquela série que eu gosto tanto,
Me relembra de uma outra palavrinha:
“Há duas frases dignas que sempre devem ser ditas pelas pessoas, não importa o quê {...} 'Obrigado', e 'me desculpe'."

E sinto que seria ingrata se não te agradecesse...

E quando penso em todos os momentos divertidos e relembráveis com você,
Que foram o que me fez gostar de estar contigo,
E obviamente,
De você.
Sinto ainda mais que devo te agradecer.

Obrigado por me responder,
E me alegrar com aquelas fotos de gatinhos e cachorrinhos...
Eu já tinha visto em algum lugar sobre elas,
Mas não imaginei que simples fotinhas fofas  poderiam me deixar tão feliz kkk.

Obrigado por continuar sendo meu amigo depois de tudo...
Obrigado por tudo.
Sabe...

Vai ser estranho ter que te ver de novo...
Ignorar tudo que eu sinto,
Me excluir da bolha,
E ficar sozinha em um canto oposto ao seu.
Fingindo que tudo aquilo é normal.

Mas vamos concordar,
Eu devo ser igual aquela música viciante:
“Você sabe que eu não faço por mal
Só estou tentando ser eu mesmo, mas
Às vezes, fico confuso
Porque eu não consigo entender as deixas sociais...”
(- No Friends.)

Não sei como você reagiria,
Ao perceber que alguns dos meus melhores poemas atuais,
Foram tirados de pensamentos da madrugada,
Em que você era o principal reizinho.
Reinando em minha cabeça,
Com seu sorriso perfeito,
E sua fofura que só eu devo achar.

Se eu estiver sendo estranha,
Por favor não me diga,
Aceitaria ser a estranha para qualquer pessoa,
Menos para você.

Para você eu aceitaria ser qualquer coisa,
Menos a estranha sensível e chata.
Mesmo que eu ache que sou qualquer uma dessas coisas,
E que eu saiba que vamos ser sempre amigos...

Pequena raposinha,
Que agora cresceu e ficou maior do que eu,
Queria ser como o Pequeno principe,
E ousar te cativar,
Mas acho que perdi a parte necessária disso.

Pois como a mesma disse:
“Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas…”
E é isso que devo ser para você,
Apenas mais uma em meio a tantas outras pessoas.
E talvez eu goste de ser assim.
Já que isso me força a fingir não sentir coisas por você.

Não demostrando quando estou desconfortável com algo fora do meu controle,
Ou quando...
Sinto que nem importa mais.
Que nem esse poema...
Enfim.

Desculpa por isso tudo ter ficado longo demais...
E obrigado se você chegou a ler essa aberração de poema.

Interior de uma desordenada Onde histórias criam vida. Descubra agora