Interior de uma desordenada

{Caixinha de Pandora}

Uma caixa de Pandora,
Esse mito sempre me encantou de certa forma.
Uma caixa com todos os males do mundo,
Sendo a esperança um mal ou não,
E sua simples abertura foi o suficiente para despertar o caos no mundo.

Sinto que talvez não seja a primeira das histórias assim.
Como Adão e Eva, não é?

Pensa comigo,
Uma mulher fazendo algo que não devia por curiosidade,
Comendo uma fruta ou abrindo uma caixa...
Suspeito...
Humanos criando histórias parecidas em lugares e tempos totalmente diferentes, hmmm.....
Mas mesmo assim,
Tirando a mulher ingênua, curiosa, impaciente e desobediente.
Ainda me faz querer te escrever.

Caixa de Pandora,
Ainda acredito sobre você ter a esperança com tu.
Mas seria um dos males ou não?
Dizem que foi a última a sair,
Assim como o ditado:
"A esperança é a última que morre."
Ou algo assim...
Mal ou bem?
Acho que depende de quem vê,
E pra mim,
Mais mal do que bem.

Se você se pendura na esperança,
Se afunda em expectativas baseadas no nada.
Enraizados em base alguma.
Protegidas como em uma casa feita de papel,
Durante uma chuva torrencial.
Mas se não tiver,
Você sobrevive,
Um pouco menos otimista,
Mas ainda vive.

Mesmo sentindo que não preciso de esperança,
Até nisso você se faz presente.
Afinal, um pouco de esperança em algo,
Só faz mal quando ela acaba.

Gosto particulamente de acreditar que cada pessoa tem sua própria:
"Caixa de Pandora".

Não com todos os males,
Mas com suas inconsistências,
Segredos,
Curiosidades,
Gostos e desgostos,
Com seu eu escondido.
Ou até com suas bondades,
Dores,
Traumas,
Escondidos a sete chaves.
Mas que pode ser descoberto de pouquinho, em pouquinho.
Aberto a alguém que você permitir dar a chave.

Como um fóssil!

Algo que você descobre aos poucos,
E com a delicadeza necessária,
Cuidado,
Gentileza,
Um trabalho lento e minucioso de algum arqueólogo,
E um pouco de formas únicas,
Te faz descobrir mais sobre algo,
E é diferente por si só.
Se abrindo para o mundinho particular de alguém.

Neeeerd!
Eu sei.
Muitas metáforas!
Também sei.

Mas a nossa mente não é tipo isso?
Um tipo de universo conhecido por só algumas pessoas,
Mas ainda misterioso em diversos aspectos.
Que talvez nunca saberemos,
Mas que podemos tentar adivinhar pelo que observamos.
Uma coisa simplesmente admirável só por existir.

Uma coisa simples por fora,
Complexo por dentro,
E lindo.
Tão perigoso,
Quando... Inofensivo,
Seguro de sua forma,
Traiçoeiro de outra forma.
Uma mistura de desordem,
E ordem de fatores,
Muito específicos e únicos.
Como vivências próprias.

Uma caixinha de mistérios.
Assim como era para a ingênua e curiosa Pandora antes de abrir.
Uma caixa sempre fechada,
Até alguém a escancarar,
Liberando seja lá o que estiver por lá.

Da forma boa,
Ou ruim,
Ou neutra,
não importa.

Mas que alguém curioso,
Teve a vontade de descobrir sobre.
Seja você,
Ou quaisquer outras pessoas,
E até animais.

Eu apenas gosto de pensar em como cada ser humano tem sua caixinha de Pandora.
E talvez, eu nunca veja o que tem dentro.
Mas que talvez eu tenha aberto sem nem perceber.

Seu próprio fóssil,
Simples por fora,
Delicado e complexo por dentro.
Seu próprio universo,
Criado pela vivências próprias.

Curioso essa vida,
Como tantos detalhes fazem pessoas tão diferentes.
Um dos mistérios, eu imagino kkk.

Esperança, a última dos males...
De uma simples caixinha de Pandora.