Interior de uma desordenada

{Poemas}

Eu reparei algo interessante.
Já parou para pensar,
Que os grandes poetas,
Quase nunca,
Tirando as exceções,
Fazem um poema sobre seus poemas ou de outras pessoas?

Não sei se poderia me enquadrar como poetiza,
Nem se de alguma forma,
Tenho base o suficiente,
Mas...
Achei um assunto interessante.

Muitas pessoas fazem poemas,
Às vezes, como forma de consolo.
Às vezes, de expressar sua dor,
Demonstrar sua cor,
E explicar aos outros.
Ou apenas, por achar bonito.
Pela arte em sí.
Talvez tenha gente,
Que nem sabe que faz.

Assim como eu no início,
Eram apenas textos,
Solitários,
Interminados,
Intensos demais,
Sem beleza para mim.
E apenas meus.

Com o tempo,
Percebi que outras pessoas gostavam também.
Do meu jeito doido,
Da minha escrita,
Da minha música
Ou quem sabe,
Dos meus poemas.

Sei que hoje em dia,
Nem sempre temos tempo para isso.
Mas, ainda é reconfortante saber que tenho um lugar para me...
Expressar.

E é isso.

Quando percebi,
Meus poemas já tinham virado isso.
Espécies de pequenos surtos internos,
Extravassados em textos,
Profundos,
Intensos,
Desodernados,
E até confusos.
Que talvez nem passem realmente a mensagem que eu queria,
Mas ao menos,
Me fazem pensar.

Nunca saquei o quanto isso me fazia bem.
Até me perceber lendo meus poemas,
E me vendo mais feliz,
Sem pensar mais tanto naquilo,
Ou o quanto aquilo virou um problema bem menor.

Então,
Acho que poemas devem ter muitos significados,
Mas esse foi o que eu realmente aprendi.
Eles foram meu refúgio por bastante tempo,
Até virarem parte de mim.
Mas ainda são só isso,
Poemas.