{Calmaria momentânea}

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Qual é o momento que se sentiu mais calmo?
Onde não se importou com tudo o que sentia,
E se permitiu viver,
Apenas aproveitando o momento?

Já viveu assim?

Sinto como se tivesse vivido assim,
Por mais tempo do que eu esperava.
Em uma espécie de harmônia desarmônica.
Ou uma vida vivida,
Mas sofrida também.

Como se os raros momentos de paz,
Fosse contados aos dedos,
Até que a calmaria me envadir,
E me abraçar com toda sua sensibilidade.
Me deixando preparada para mais um dia,
Em um mundo tão agitado,
E rápido quanto pode ser.

Me entende?

Como se eu pudesse ser uma sensação,
Que tranquiliza,
E sempre que pode se mantém forte,
Sem se derrubar para as outras pessoas.
Mas será que eu realmente posso ser isso? 

Tento não me questionar,
E em mais um momento,
Me deito no silêncio do meu quarto,
Respiro fundo,
E penso sozinha:
Vai ficar tudo bem.”

Penso tanto até me fazer acreditar,
De que tudo realmente ficou.
E que eu posso respirar em paz por mais alguns segundos.

Mas se eu pudesse ser sincera,
Só por um milisegundo,
Saberia que talvez não seja a verdade.
Mas prefiro ser positiva,
Pois o tempo de ser deprimida passou.
Ou pela primeira vez,
Acho que ele finalmente não consegue me abater,
Nem me derrubar como geralmente fazia.

Agora tudo o que eu quero,
E me permitir ao menos uma vez,
Ter a chance de acreditar no lado feliz da vida,
Como se o meu lado triste não existisse por um momento.
E aceitar a tal calmaria agitada que a minha vida se tornou,
Em um trivial momento variável.

De aproveitar o momento,
Sem me culpar.
De viver,
Por apenas viver,
Sem ter que ser por sobreviver,
Como foi a tempos atrás.

Aproveitando meu sentimento,
E minha calmaria momentânea.
Assim como deveria ter aproveitado antes,
Mas não teria coragem o suficiente.

Agora só me resta viver essa calmaria momentânea.

(Sim, os dois poemas tem o tema de calmaria (◠‿◕) )

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