Uma enchurrada caiu sobre mim,
Literalmente ou não,
Sinceramente,
Acho que não faz diferença.Já que ela continua caindo,
E caindo,
E eu continuo me alagando por tudo aqui.
Em meio ao medo,
A raiva,
E a tantas outras coisas,
Eu choro.Choro como se fosse a última saída viável.
Como se tudo pudesse se resolver,
Como se eu pudesse desaparecer por um momento.
Como se a raiva que eu sinto por fazer certas coisas,
Por ter que escurtar certas coisas,
Por ser a portadora de segredos,
De histórias,
Como se tudo isso fosse apenas normal,
E ter que escutar certas coisas não me machucasse.Afinal,
Por mais que ninguém saiba verdadeiramente como eu me sinto,
Nem o que eu penso,
Eles não se importam de despejar tudo em cima de mim.
De gritar comigo,
Sem nem saber o quão traumatizada fiquei com isso.Quem se importa afinal?
A chuva não pode afogar aquilo que eu sinto,
Assim como eu não me importo com ela agora.Ela se mistura com minhas lágrimas,
E tenta levar para longe minhas mágoas,
Como um abraço frio,
Sem consideração alguma.Uma pena que não consegue,
Me deixar melhor.Nada consegue.
E não importa o quão bobo,
Idiota,
E infantil,
Me choro é,
Ou que você acha que é.Você nunca vai saber o que se passa na minha cabeça.
O quanto de insegurança que eu guardo comigo.
O quanto de raiva de mim eu carrego.
Nem quantas vezes eu pensei em quando tudo isso iria simplesmente acabar....Ninguém sabe,
E eu não ouso em lhes contar.Sabe por quê?
Porque eu seria a menina que merece pena depois.
A que merece proteção.
A visão de antes mudaria,
E agora só ficaria uma triste,
De uma menina cansada em tão pouco tempo de vida,
Ou muito para alguns...Mas quem se importa?
A chuva torrencial continuam me molhando,
E eu continuo aceitando.Queria ser como a tal menina chamada Estrela,
E me misturar junto a ela,
Aproveitando a chuva,
Em uma bela e desengonçada dança,
Mesmo sem música.Mas tudo o que eu tenho,
É meu nome parecido.
Por isso,
Não deveria ser a estrela de ninguém.
Pois não me sinto tão brilhante como alguém assim devia ser.E peço reais desculpas por isso.
Mas agora,
É hora de deixar a chuva torrencial me envadir.
Engolhir meus sentimentos,
E voltar a ser,
Uma receosa e cuidadosa versão minha.
Onde ninguém parece me conhecer realmente.Mas essa chuva torrencial,
não pode afogar aquilo que eu sinto,
Por mais que eu queira,
E queira muito...(Deve estar bobo ou intenso demais...
Me desculpa (╥﹏╥)(-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩___-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩-̩̩̩). )
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Interior de uma desordenada
PuisiUm livro de apenas meias verdades, onde eu tento de forma nula contar um pouco da minha pespectiva. Nada disso talvez faça sentido, mas espero que ao menos continue escrevendo. 💜💜 Uma espécie de diário de poemas reflectivos... Que não sei como se...