Interior de uma desordenada

{Limites}

Será que eu conheço seus limites?
Suas entrelinhas?
Seus detalhes minuciosos que nem você parece conhecer?
Será que eu conheço o suficiente para não te desconfortável?

Será que você nota o quão fofo você fica quando boceja?
O quanto eu me acho boba por perceber isso...

O quanto seus olhos brilham quando conversa com alguém que gosta...
O quanto eu acho seu cabelo um charme, mesmo que sempre bagunçado...
O quão fofo é quando tenta me animar com alguma foto de bixinho fofo...

Será que sabe que você é uma parte que eu não quero perder na minha vida...
Que eu não me imagino sem...
Será que sabe disso tudo?
Imagino que não,
Já que não tenho coragem de os falar em voz alta para você.

Não quero romper os limites.

Inesistentes limites,
Que me fazem achar que logo,
Logo, vou estar saindo daqui por conta própria,
Por um erro idiota meu.
Rompendo meus próprios limites,
E devastando com o mundo imaginário,
Que minha mente continua te colocando.

Me fazendo ler situações...
Tentando entender,
Se o que reparei,
É realmente verdade,
Ou ilusão.

E a resposta é sempre a mesma:
Ilusão.
Uma paranóia que eu continuo afirmando ter,
Na esperança de parar de me apaixonar por você ainda mais.
Como se fosse possível.

Tudo me lembra você,
Minhas músicas,
Meu dia,
Meus gostos,
Passatempos...
Você, simplesmente, só não sai da minha cabeça.

E quanto mais tempo passa,
Mais eu acho que vou ser esquisita,
Que vou romper todos meu limites,
E depois,
Me arrepender e desistir de tentar.

Pois sei que no final,
Vai ser apenas eu.
Sozinha,
Esperando pelo próximo desencontro mundano que eu encontrar por ai.

Um onde os limites...
Vão ser criados novamente.

Enquanto isso não acontece,
Pretendo ainda prestar atenção aos seus preciosos detalhes.
A tentar complicar e descomplicar meus momentos com você,
Só para pensar neles denovo.
A criar pequenas e tolas ilusões.

Esperando não te incomodar com toda a minha bobisse apaixonada tola.
Esperando não romper os limites.
E me lembrando no fundo,
Que posso já ter o feito.
Que talvez tudo isso tenha uma data de validade,
E a alguns anos,
Eu esteja como era antes de você.

Se eu me lembrasse como era antes de você...

(A slá, tire suas conclusões)