Flechas de um velho Universo

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ESSE É O ÚLTIMO CAPITULO! Vai ter um epilogo curtinho que posto depois (e onde tem a solução do nosso mistério), mas a história encerra mesmo aqui.

Obrigada a todos que leram essa nova versão, que deram amor e apoio pra mim em refazer essa história. Saber que consegui concluir e agora tem dois livros dessa história significa o mundo pra mim. Sobre nãoamar, que sempre me perguntam, eu tô fazendo no mesmo esquema daqui, tô escrevendo vários capítulos e assim que tiver uns 5 ou 6, faço uma mega postagem.

Enfim, amo vocês, obrigada por tudo.


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HANSOL

MOROS

Um mesmo tsunami atingiu todos os países banhados pelo Pacifico e conter algo daquela proporção foi quase tão complicado do que ter cidades invadidas por grifos infernais. Eu estive no penhasco da ilha durante todo o tempo, porque lutar já não era uma opção para mim, mesmo que quisesse. O Universo não me deixaria interferir, era provável que mesmo Jeongguk não conseguiria usar a própria magia. De qualquer forma, eu estava fraco demais para fazer qualquer coisa. Kairós tentava fingir que tudo estava bem, e o fato de eu ser resistente com certeza ajudava, mas nós dois sabíamos que não iria aguentar por muito tempo.

— Ele voltou — senti, e Kairós olhou para mim, confusa. A angustia dela era visível desde que os tremores de terra começaram a alcançar o litoral, o olhar sempre no horizonte — Jeongguk está aqui, Kairós.

A Casa nos levou onde ele estava, o mesmo cômodo onde foi criado mais de vinte anos antes, ela até o tinha vestido numa túnica idêntica à que colocamos nele quando era um bebê, branca com rosas bordadas em linhas de prata. Tantik havia matado o espirito, rompido a maldição do receptáculo e destruído os vínculos de magia que faziam dele um semideus. Naquele momento, Jeongguk era um humano com um universo morto na mente, e que precisava de magia o quanto antes.

Kairós chegou perto dele, observando em silêncio, percebendo o que eu já tinha entendido muito tempo atrás.

— Tem outra maneira? — perguntou, segurando a mão dele. Graças a Tantik e a morte do receptáculo, o processo de expansão da energia universal havia reiniciado, o que nos daria algum tempo, mas não muito. Um dia ou dois, no máximo.

— Apesar de gostar muito do cupido e de Hades... não foi por eles que arrisquei tanto — ela assentiu, pressionando os lábios com força enquanto os olhos ficavam marejados, tentando conter o choro — É nosso filho, Kairós. Ele vai viver... E será um deus dos destinos melhor do que jamais fui — ela enxugou uma lagrima que escapou, afastando o cabelo da testa de Jeon — Eu vou te encontrar de novo.

— Hansol, n-

— É verdade. O Universo gosta de mim, acredite ou não. Vou voltar, como um humano normal... no fundo, sempre foi o que quis. Só um cara comum — cheguei mais perto, o corpo de Jeongguk estava perfeito, nenhuma cicatriz, nenhuma marca, tudo que ainda carregava era o dente de tubarão em volta do pescoço — Vou voltar. Serei um cara bonito, e alto, e muito musculoso — ela sorriu um pouquinho — E você vai me encontrar comprando macadâmias no supermercado.

— Macadâmias?

— Eu adoro essa palavra. Macadâmia... parece o nome de um país — ela riu baixinho, me dando um abraço. Eu não queria ter de deixa-la, sequer sabia quanto tempo levaria até encontra-la de novo, mas o Universo me fez uma promessa, e sabia que a veria mais uma vez — Quer ver um truque legal? — falei, e segurei o dedo mindinho de sua mão esquerda. O fio vermelho apareceu enrolado, dando uma única volta até o meu. Sua expressão de surpresa me fez sorrir um pouco mais.

HAG: The God Killer - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora