Vamos lá entrar na cabeça de Vegas ❤️
Meus pensamentos permaneceram em Pete. Na maneira como ele olhou para mim, no fogo em seus olhos, que me fez querer agarrá-lo e enfiar algum sentido nele.
Ele poderia ter dito as coisas certas, mas seu rosto o traiu. A raiva, a incerteza, o aperto de sua mandíbula enquanto ele tentava revidar. Cada parte dele era visível para mim.
Eu me inclinei contra o assento macio do carro enquanto ele dirigia pelo tráfego. Enquanto meu motorista assumia o leme, abri meu tablet.
Focar em Pete não era meu problema agora. Eu tinha uma infinidade de merdas para cuidar. Reuniões, verificar negócios, rastrear os babacas que tentaram matar Kinn e Porsche. Era uma lista interminável. Mas meu trabalho era ser o segundo em comando de Kinn, para garantir que as coisas corressem bem na família.
Meu celular tocou e eu o peguei. Kinn. É claro.
Kinn: Você está atrasado.
Vegas: Foi uma longa noite, mas estou a cinco minutos de distância.
Kinn: Se apresse.
Olhei para o celular e revirei os olhos. Kinn era um pé no saco, mas era meu primo. E ele não era tão frio quanto parecia, não para sua família. Ou para o garoto que ele tinha escondido em sua casa agora. Bastardo sortudo.
Não que eu quisesse alguém como Porsche por perto dia e noite. Ele era divertido, mas também era teimoso, impetuoso e um pouco louco. Mas quem não queria alguém ao seu lado que ficasse com ele nos bons momentos e nos fodidos?
— Estamos aqui, Sr. Vegas.
Olhei para cima e notei que paramos em frente da casa da família. Há quanto tempo eu estava em meus próprios pensamentos? Juntei minhas coisas e saí do carro.
— Eu estarei de volta em breve.
— Sim, senhor.
Me virei e atravessei as grandes portas com moldura dourada. A música enchia o lugar junto com o cheiro de fumaça de charutos e cigarros. Caminhei sentindo os olhos em mim.
— Boa tarde, Sr. Vegas. — Erica disse com um sorriso brilhante. — Todo mundo já está lá dentro, então você pode entrar. — Ela empurrou uma xícara de café para mim. — Eu coloquei isso de lado para você. Achei que você estaria com sede. E se você estiver com fome eu tenho um bolinho extra.
Sorri para ela. Ela me lembrava muito minha mãe, sempre se preocupando com a gente.
— Aceito um bolinho. — eu disse com um aceno de cabeça. — Qual é o sabor?
— Blueberry. — disse ela, abrindo a gaveta da mesa antes de colocar um muffin embrulhado na minha frente. — Você nunca almoça, então eu pensei em pegar um para você apenas no caso.
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Meu Vira-Lata (Vegaspete)
Hayran KurguEu odeio a máfia. Montanhas de dívidas que nunca desaparecem, homens estranhos com armas, ameaças sussurradas nos bastidores. Foi isso o que minha vida se tornou. Eu disse ao meu pai para nunca se envolver com os Theerapanyakul , mas ele faria qua...