Eu odeio a máfia.
Montanhas de dívidas que nunca desaparecem, homens estranhos com armas, ameaças sussurradas nos bastidores. Foi isso o que minha vida se tornou.
Eu disse ao meu pai para nunca se envolver com os Theerapanyakul , mas ele faria qua...
Então, recebi tantos comentários pedindo para escrever a história de Kinn e Porsche, que decidi voltar com alguns capítulos bônus sobre eles.
Essa história obviamente se passa antes de VegasPete, e vamos ver como Kinnporsche se conheceu e como começou o relacionamento deles.
Não sei se vai ficar legal, mas espero de coração que vocês gostem ❤️
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Estremeci e puxei minha jaqueta em volta dos meus ombros com mais força. Esta tinha sido minha casa em um ponto e enquanto eu adorava o calor, eu odiava o frio incomum que se instalou. Eu arrastei o aquecedor pelo chão e bati a palma da minha mão contra ele.
A máquina resmungou e raspou antes que o menor calor disparasse. Eu empurrei minhas palmas contra ela, não me importando mais se eu me queimasse quando a coisa inevitavelmente decidisse que era hora de funcionar direito novamente. Por enquanto, eu precisava estar quente porque não conseguia satisfazer meu estômago roncando. Eu tinha que escolher uma luta.
Preciso encontrar trabalho o mais rápido possível.
Ty, um velho amigo do ensino médio, me deu algum dinheiro. Fiquei grato por isso e consegui sair de Bangkok, mas ainda estava muito perto dos Theerapanyakul. Pensar neles fez um arrepio percorrer minha espinha.
Tinha sido estúpido roubar aquele dinheiro, mas ele estava bem ali. Todo aquele dinheiro naquele cassino enorme e reluzente e eu estava sendo caçado como um animal por alguns poucos milhares de Baht?
Ok, talvez não poucos, mas eles são ricos como o inferno! Eles nem deveriam ter notado que estava faltando. Você pensaria que eles teriam desistido agora, mas eu sabia como os Theerapanyakul eram pelos rumores. Eu só pus os olhos em Kinn uma ou duas vezes, mas ele não era o tipo de homem com quem você mexe. E eu o fodi e enfiei um pedaço de pau em sua bunda.
Eu sou um homem morto.
Não havia nenhuma maneira no inferno que eu poderia continuar fugindo para sempre. Meu plano original era fugir para o outro lado do país, mas eu não contava em ter que pagar taxas de motel todas as noites, nem sabia o quanto custava comer quando você não tinha cozinha. E eu estava exausto porque não conseguia fechar os olhos sem ouvir cada barulhinho ao meu redor esperando alguém colocar uma bala na minha cabeça.
Eu não posso pensar assim ou mais vale pular do telhado deste prédio agora. Eu posso fugir. Posso conseguir um emprego, ter algum dinheiro no bolso, e pelo menos poderei comprar uma passagem de avião. Esperançosamente.
Meu estômago roncou e eu sabia que não poderia adiar comer novamente. Fazia um dia e meio e meu estômago estava tentando comer a si próprio. Olhando ao redor do pequeno apartamento que aluguei com seus pisos desgastados e paredes descoloridas, a depressão voltou para mim.
