Eu odeio a máfia.
Montanhas de dívidas que nunca desaparecem, homens estranhos com armas, ameaças sussurradas nos bastidores. Foi isso o que minha vida se tornou.
Eu disse ao meu pai para nunca se envolver com os Theerapanyakul , mas ele faria qua...
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Meu corpo doía. Ficar deitado em uma cama minúscula e dura, dia após dia, fez isso comigo.
De vez em quando a luz piscava, mas nunca se apagava. E não havia janela para o mundo exterior, então eu não tinha ideia de que hora do dia era. Aquele cheiro frio e úmido estava em toda parte agora e eu estava lentamente perdendo a porra da minha cabeça.
Já estive em situações piores. Não consigo pensar em nenhuma, mas tenho certeza que sim. Certo? Não, tenho certeza que esta é a pior. Ser mantido prisioneiro por um chefe da máfia psicótico? Sim, tenho a certeza que esta é a pior coisa em que já me meti.
Eu ainda estava chateado com Kinn, mas lentamente a culpa estava girando para mim. Esse dinheiro deveria ter ficado onde estava e fora das minhas mãos gananciosas. Se eu tivesse ouvido aquela vozinha no fundo da minha cabeça que gritava para ir embora, eu não estaria onde estava agora. Autopiedade rastejou no meu peito e eu gemi enquanto passava a mão pelo rosto.
— Eu sou a pessoa mais estúpida viva. — eu anunciei para o teto. — Sério, eu vou parar de ser tão idiota se eu puder sair desta cela.
O espaço confinado estava começando a mexer comigo. Eu queria sair dessa maldita caixa trancada e faria qualquer coisa para ser livre. Eu joguei meu braço sobre o rosto. Cada pequena coisa estava me dando nos nervos. Não havia barulho na sala, exceto o som da minha respiração e batimentos cardíacos.
Quando eles me alimentavam com pequenas refeições, tudo que eu podia ouvir era minha própria mastigação irritante. Mesmo agora havia muito pouco que eu podia ouvir mesmo fora da sala.
Eu me virei e encarei a parede. Era melhor fingir que a porta nem existia do que olhar para ela e rezar para que ela se abrisse. Os pequenos momentos de liberdade que recebi não foram suficientes.
Hoje eu encontrei meus pés arrastando quando fui levado de volta para minha cela do banheiro e eu não queria entrar. Mas um olhar do bandido do lado de fora da minha porta e eu sabia que ele iria me machucar se eu não o fizesse.
Ok, eu estou falando sério desta vez. Se eu sair dessa, vou me comportar. De verdade. Vou pensar sobre as coisas e deixar de ser impulsivo. Vou conseguir um emprego de verdade e nunca mais roubarei. Apenas me tire daqui!
O som pesado da fechadura clicando me abalou. Eu me levantei e me virei para a porta, caindo da cama no processo. O chão frio me cumprimentou e eu arfei quando bati no chão. Dois sapatos de couro apareceram e eu lentamente olhei para Kinn.
— Eu poderia me acostumar a ver você no chão para mim.
Meu coração pulou uma batida. Por que isso acontecia toda vez que eu colocava os olhos nele? Eu me empurrei de joelhos, mas quando tentei me levantar, ele colocou a mão na minha cabeça e balançou a sua.
