Depois desse só faltam 3 capítulos, amores 🥹
Vamos lá ❤️
Enfiei a chave na maçaneta e a girei. Uma onda de fumaça de cigarro encheu meu nariz e eu tossi quando entrei no quarto do motel. Havia manchas questionáveis no tapete e no cobertor, mas eu não ia dormir de qualquer maneira.
Coloquei a mochila que tinha pego na mesinha e me sentei depois de verificar a cadeira. Olhando ao redor do pequeno quarto deprimente senti meu estômago apertar. De volta onde eu comecei, hein?
Não, isso não deveria me incomodar. Eu estava acostumado a viver em lugares para os quais outras pessoas poderiam torcer o nariz. Mas, por alguma razão, eu estava coçando como se insetos estivessem rastejando sobre minha pele.
Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro tentando me forçar a pensar em qualquer coisa, menos na casa que havia deixado para trás.
— Isso é bom. — eu murmurei para mim mesmo. — Estou bem.
Olhei para o relógio do outro lado da sala. Meu celular foi deixado para trás. Eu tinha certeza que agora eles o encontraram jogado em um dos arbustos na frente da casa. Não havia muito que eu pudesse fazer a não ser esperar até que os ônibus começassem suas próximas corridas e tentar dar o fora daqui.
Antes que eu pudesse pensar sobre isso, me empurrei para fora do meu assento e peguei o celular do motel. Meus dedos discaram no piloto automático e prendi a respiração quando o celular tocou. Houve um barulho antes que eu ouvisse o som familiar de minha mãe limpando a garganta.
— Olá?
— Ei, mãe.
Ela suspirou.
— Oh, Porsche. Onde você está? Ninguém ouviu falar de você em meses.
— Eu estive... ocupado. — eu disse, inclinando meu quadril contra a cômoda abandonada. — Trabalhando e tal.
— Você não consegue se lembrar de sua própria família quando trabalha? — ela bufou. — Eu estive ligando para você como uma louca algumas semanas atrás e seu celular estava desligado. Se você está trabalhando tanto, onde está todo o seu dinheiro?
No seu bolso. E do papai. E do meu irmão. Todo mundo ganha um pedaço, menos eu.
— Desculpe. — eu murmurei em vez disso, enxugando minha mão pelo meu rosto. Eu não estava com vontade de brigar com minha mãe esta noite. — Eu estava apenas ligando para ver como vocês estão.
— Estamos bem, claro que estamos. — disse ela e eu praticamente podia ver seu nariz levantado no ar. — Claro, nós poderíamos usar uma ajudinha por aqui...
Aqui vamos nós.
Eu não sabia por que eu achava que algo seria diferente ligando para casa. Eu queria conforto, ouvir vozes que sentiam minha falta. Mas não era isso que minha família era. Eles não eram calorosos, acolhedores ou simpáticos. Não, eles eram frios e fechados.
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Meu Vira-Lata (Vegaspete)
FanfictionEu odeio a máfia. Montanhas de dívidas que nunca desaparecem, homens estranhos com armas, ameaças sussurradas nos bastidores. Foi isso o que minha vida se tornou. Eu disse ao meu pai para nunca se envolver com os Theerapanyakul , mas ele faria qua...