Nada é preto e branco.

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Bom dia! Amores, me digam, vocês estão curtindo a história?

Cada quilômetro rodado em silêncio fazia meu estômago apertar mais

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Cada quilômetro rodado em silêncio fazia meu estômago apertar mais.

Eu nunca estive tão nervoso na minha vida. Nem quando comecei a escola quando criança, nem quando consegui meu primeiro emprego, nem mesmo antes da minha primeira luta.

Ele vai me matar. Vegas não disse uma palavra desde que voltamos para o carro. Nem mesmo o rádio estava tocando, apenas um silêncio misterioso e carregado.

Eu balancei meu joelho para cima e para baixo, minha mente correndo a mil por hora. E se ele estivesse me levando a algum lugar para me matar? E se, quando paramos, ele sacasse uma arma e a apontasse para minha cabeça? Eu tinha fodido tudo. E as palavras ameaçadoras de Vegas não passaram despercebidas para mim.

Tentei não pensar em meu cérebro sendo espalhado pelo chão e meu corpo jogado em algum lugar escuro.

O carro parou e eu olhei para cima para ver minha casa. Soltei um suspiro pesado, agarrei a maçaneta do carro e abri a porta antes de uma mão bater no meu braço.

— Da próxima vez que eu disser para você fazer algo, você faz. Você não pode tomar decisões. Nunca.

Eu me virei para olhar para Vegas.

— Ele não tinha mais nada para te dar. — eu disse calmamente, tentando não mostrar que eu estava tão assustado quanto aquele homem parecia. — Qual era o objetivo de machucá-lo?

— Você não precisa se preocupar em pensar. Até que seu dinheiro seja devolvido, você pertence a mim. — Ele rosnou, enviando um arrepio na minha espinha. — Aos Theerapanyakul. Você pertence à família. — disse ele, franzindo a testa antes de balançar a cabeça e olhar para mim incisivamente. — Você entende?

— Sim. — eu murmurei.

— Tente novamente.

Eu cerrei os dentes.

— Sim, senhor.

Quando tentei me afastar, ele me puxou de volta. Desta vez, ele se inclinou sobre seu assento e agarrou a frente da minha camisa antes de me puxar para perto. Estando tão perto, eu podia sentir o cheiro de sua colônia e algo por baixo, um almíscar natural que era todo o cheiro de Vegas.

— Você precisa acordar, porra. — ele retrucou. — Só porque aquele homem te contou uma história triste, você acredita nele, mas essas pessoas não são inocentes. Não há bom ou ruim. Nada é preto e branco. Tudo neste mundo, e quero dizer tudo, é um cinza fodido. Se você quiser perder sua academia ou sua vida, continue colocando as besteiras deles na frente do seu novo emprego.

Abri minha boca e a fechei.

— Sim, senhor.

— Você tem algo a dizer? — ele perguntou, inclinando a cabeça. — Diga.

Meu Vira-Lata (Vegaspete)Onde histórias criam vida. Descubra agora