Tem certeza?

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          Não sabia exatamente o que estava fazendo da minha vida, sinceramente estava cansada de mergulhar em relacionamentos que no final só me traziam dor. Era difícil amar sem verdadeiramente sentir que era amada também, mas de alguma maneira Steven me fazia sentir que eu poderia confiar em seus sentimentos por mim. E eu estava tentada a acreditar nisso.

          Ainda me lembrava do sabor de seus lábios e da maneira como ele passava a mão em meus cabelos ao me beijar. Era tão viva a memória de como ele dava um sorriso safado quando parávamos de nos beijar, e era completamente normal eu rir horas depois ao pensar sobre isso. Steven e eu não estávamos namorando e já haviam dois meses que não nos víamos. Estava muito focada na faculdade, a verdade é que só ia da faculdade para casa e de casa para a faculdade. Ainda estava processando todas as coisas que tinham acontecido nos últimos meses, mas ao mesmo tempo muitas coisas haviam curado dentro de mim, e pensar sobre Adam não doía tanto, sentia que não o amava mais de uma forma romântica, mas não tinha certeza se o havia perdoado. Eu estava feliz e em paz, e tudo mudou dentro do meu coração porque jurei à mim mesma que pararia de sofrer por fatores que não estavam sob meu controle.

          Ao organizar meus materiais para ir para a faculdade, notei que meu celular estava vibrando dentro da bolsa, e para meu espanto, vi que era uma mensagem de Steven.

Preciso que você venha imediatamente para o bar onde nos conhecemos, estou sem tempo para explicar melhor. Confie em mim.

Steven.

          Li aquela mensagem muito desconfiada, provavelmente ele só queria que eu aparecesse lá por motivo nenhum, ou melhor, ele só queria me ver. Terminei de guardar minhas coisas na bolsa e saí de casa. Não acreditava que estava atendendo a um pedido de Steven. Ao chegar no bar, vi que ele estava me esperando do lado de fora, usando sua jaqueta de couro preta de sempre, os cabelos ruivos e enrolados balançando com o vento, a calça jeans igualmente preta e uma blusa branca por baixo da jaqueta. Ao me ver de longe ele deu um sorriso de leve, como se estivesse querendo disfarçar a felicidade que sentia por me ver.

          — Oi Alexia. — ele disse sorridente quando me aproximei. — Quanto tempo.

          — Realmente, já faz um tempo. — respondi sorrindo também. — Como você está?

          — Estou ótimo. — ele parecia seguro do que dizia. — E você?

          — Estou bem também, obrigada por perguntar. — olhei para baixo e então o encarei novamente. — Posso te pedir algo?

          — Claro, o que quiser.

          — Posso te beijar agora?

          Ele riu e me lançou um olhar confuso, mas então me puxou pela cintura e me beijou. Seu corpo estava quente e senti sua barba espetar um pouco o meu rosto, mas aquilo não me incomodava, senti falta até mesmo disso. Puxei seu corpo para ainda mais perto e nos beijamos até sentirmos falta de ar. Passei as mãos em seus cabelos enrolados e então beijei seu pescoço e então o mordi. Estávamos literalmente em frente ao bar, umas duas horas da tarde, nos beijando apaixonadamente. Quando paramos algumas pessoas nos encararam, como se dissessem "aqui não é lugar", com os olhos. Olhei para Steven desconcertada, e então rimos.

          — Nossa como eu senti falta disso. — ele falou olhando no fundo dos meus olhos. — Eu te quero tanto, Alexia.

          — Você quer namorar comigo? — perguntei do nada, no impulso. — Quer dizer, o que acha de oficializarmos o que sentimos?

          Ele me encarou por alguns segundos como se não estivesse acreditando no que eu tinha acabado de dizer. Então Steven riu e me abraçou.

          — É a coisa que mais quero no mundo, Alexia. — ele sussurrou em meu ouvido. — Você é a mulher que eu mais desejo no mundo.

          — E agora sou sua. — sussurrei e então nos beijamos novamente.

          Ainda não estava acreditando que tinha pedido Steven em namoro sem ter planejado nada. Já havia um tempo que não nos víamos, mas nossos sentimentos não haviam mudado um dia. Era a mesma paixão ardente de antes, o mesmo desejo de pertencer um ao outro. Ao invés de ir para a faculdade, fui para casa de Steven. Ao passarmos pela porta fiquei impressionada em como tudo estava organizado e limpo. Me sentei no sofá, então Steven me trouxe uma lata de cerveja. Ele sentou ao meu lado, abriu a lata que tinha pegado para ele e começou a beber despreocupadamente. Conversamos por algumas horas e ele me contou sobre as coisas que fez nesses dois meses em que ficamos sem nos ver.

          — Não consigo acreditar que foi você quem me pediu em namoro. — ele riu e continuou falando com os olhos fixos na janela branca de seu apartamento. — Achei que me rejeitaria mais alguns meses até finalmente aceitar meu pedido de namoro.

          — Que bom que não consegue acreditar, isso mostra que não sou previsível. — falei com um sorriso de satisfação no rosto. — Você preferia que tivesse sido você?

         — Não. — ele se virou para me olhar, acariciando meu rosto. — Fico feliz que tenha sido você a pedir.

          Após isso voltamos a nos beijar. Em certo momento Steven se deitou por cima de mim e as coisas começaram a esquentar como nunca antes. Ele então tirou a blusa e foi a primeira vez que tinha visto Steven daquele jeito, ele era musculoso e sua pele bem branca. Tirei minha blusa também, ficando apenas de sutiã. A expressão de repente em seu rosto mudou, como se tivesse gostado muito de onde as coisas estavam indo.

          — Você tem certeza? — ele me perguntou, como se soubesse exatamente onde tudo aquilo iria chegar.

          — Absoluta. Quero você como nunca antes quis. — respondi em seu ouvido, então mordi sua orelha.

          Então continuamos, seus braços ao redor de mim, e minhas mãos em suas costas. Seus beijos eram intensos e estávamos perdendo o fôlego rapidamente, até não estarmos vestindo mais nada. Foi minha primeira vez, e tinha sido com quem mais amava, Steven Harris.

 Foi minha primeira vez, e tinha sido com quem mais amava, Steven Harris

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Prazer, Steven HarrisOnde histórias criam vida. Descubra agora