𝓥𝓪𝓷𝓬𝓮 𝓗𝓸𝓹𝓹𝓮𝓻

7.6K 387 167
                                    

Eu estava voltando da casa de uma amiga. Já eram 22:39, e a rua estava completamente vazia e escura, apenas alguns postes de luzes que funcionavam ainda iluminava a estrada. Ouvindo alguns passos se aproximando, eu olho para trás, e não vejo nada. Mas de certa forma, a sensação de estar sendo observada aumenta.

Andando ligeiramente, eu acabo percebendo que a figura saiu da escuridão e andou até uma parte que os postes de luz o iluminasse. Era Moose, um dos garotos encrenqueiros da escola. Ainda me pergunto o motivo dele estar alí. Foi do fora que eu dei nele há dois meses atrás, ou, a surra que meu irmão deu nele? De qualquer forma, eu estava extremamente fudida.


Havia apenas um modo de escapar, entrando no "mercado" que ainda estava aberto. Eu corro até a porta do mercado e entro, por sorte, tinha uma pessoa conhecida alí.

Eu prefiro evitar o incomodar, ou ele irá surtar por perder a jogada no fliperama. Então, só vou até a geladeira e pego um refrigerante de latinha, aproveito e pego alguns salgadinhos e doces, já que não havia comido nada desde o almoço.

Vou até o caixa e pago, pego as sacolas, eu não iria ir embora nesse momento, apenas esperaria ele terminar a jogada.

- É isso aí. Eu só foda! - o garoto diz enquanto comemora a vitória. Ele só vira com um sorriso nos lábios, e logo nota minha presença. - Não sabia que você ficava zanzando pelas ruas a essas horas.

- As vezes temos que fazer os trabalhos que são pedidos nas aulas, mas acho que você não sabe disso, pois mal fica na sala de aula - o olho com expressão nada contente.

- Isso não me afeta nada - ele solta um longo suspiro ao olhar o vidro da loja e ver Moose sentando no banco, parecendo esperar alguém. - Entendi, você só veio aqui porque sabia que eu estaria aqui, só para pedir para que eu te protegesse. - Ele diz de forma arrogante.

- Eu não preciso de você para me proteger, só vim aqui para comprar algo para comer - ergo a sacola para ele ver.

- Não me convenceu.

- E eu com isso?

- Que saco - ele me puxa pelo braço, não brutalmente, me levando para fora da loja.

Apenas aceito isso, sem retrucar pois sabia o jeito dele. Percebo que Moose se levantou do banco e foi embora, menos um problema.

Não demorou muito para que chegassemos em minha casa, que por sorte, era ao lado da dele.

- Valeu aí, Vance. - Evito o encarar.

Ele apenas dá outro sorriso convencido. - Só não vou cobrar hoje porque tô de bom humor, mas próxima, pode ter certeza que eu cobro - ele se vira e se aproxima da porta da casa dele. - Te vejo amanhã, medrosa.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 - 𝓣𝓱𝓮 𝓫𝓵𝓪𝓬𝓴 𝓹𝓱𝓸𝓷𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora