- 𝓡𝓸𝓫𝓲𝓷 𝓐𝓻𝓮𝓵𝓵𝓪𝓷𝓸 -

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Era exatamente nove e meia, e Grabber, meu pai,  saí para ir trabalhar, e ele voltaria apenas às seis da tarde. Logo depois, meu tio avisa que iria na casa de um amigo, então eu estaria sozinha por um tempo.


Como não havia nada para fazer, nem sequer um simples dever de casa, eu fico olhando para o quadro de pistas que meu tio havia criado sobre as cinco crianças desaparecidas. Mas algo me chama atenção, o local onde as crianças desapareceram, era dois quarteirões da minha casa.

Desde o desaparecimento da primeira criança, Griffin Stagg, meu pai ficou mais controlador, devia ser um modo de me proteger de ser sequestrada, certo?

Havia um lugar da casa que eu não poderia ir, era algo como um porão, ninguém pisava lá há muito tempo, somente meu pai, mas era bem raro. Lembro-me bem da vez que pisei pela última vez lá, não faz muito tempo. Meu pai me puxou pelo braço e me mandou nunca mais entrar lá, e eu obedeci ele.

Mas esse porão me deixa aflita. Ele ficava embaixo do meu quarto, e quando eu ia me deitar para dormir, ouvia uma voz chamando por alguém, mas não sabia o certo o que era, talvez fosse algum animal que tivesse entrado no porão pela janela pequena que ficava aberta.

Não custa nada dar uma espiadinha, não é como se fosse sair o pior monstro do tártaro de lá, não é mesmo?

Desci a escada e fiquei de cara para a porta do porão, tentei abrir mas estava trancada, então lembrei que meu pai escondeu uma cópia da chave em seu quarto. Fui até o quarto do meio veio e procurei pelas gavetas e tudo onde se podia revirar, até encontrar a chave bem escondida entre algumas roupas, perto de um cinto e de uma máscara bizarra.

Quando pego a chave, eu saio do quarto e desço as escadas novamente. Encaixando a chave na fechadura, eu a vira e consigo destrancar a porta. Ao abrir um pouco a porta, ela é rapidamente puxada, fazendo com que eu quase caísse para a frente, mas alguém me empurra para trás, fazendo com que eu batesse as costas fortemente na escada, enquanto me pressiona contra ela.

O sol entrava pela pequena janela, então o porão estava um pouco iluminado, era bem medonho e bizarro estar alí, mas mesmo assim consegui ver um pouco de quem havia me jogado contra a escada. Parecia ser um garoto, alguns centímetros maior que eu, tinha um cabelo que ia até os ombros, tive impressão de que já vi ele em algum lugar.

— Quem é você? — Minha voz saiu trêmula.

— Não se faça de boba. — A voz dele tinha um sotaque espanhol. — Você está ajudando aquele cara.

— Que cara? Eu não faço ideia de quem você está falando. — Começa a ficar difícil respirar, mas não posso me desesperar. — Você é quem eu penso que é?

— Ou você está se fingindo de tonta, ou você está dizendo mesmo a verdade. Eu deveria te dar um fim aqui e agora, mas não bato em garotas, ainda mais as estúpidas iguais a você. — O aperto dele aumenta em meu ombro, apertando mais forte para eu sentir dor. — Eu sou Robin Arellano.

— Porque você está aqui? — Eu não queria saber a resposta, mas ao mesmo tempo, eu queria. Eu precisava.

— Não é óbvio, garota tola? Eu fui sequestrado e mantido em cativeiro esse tempo todo! Você certamente é burra.

— Meu pai. — Lágrimas se forma em meu rosto enquanto encaro o garoto. — Meu pai que fez isso com você?

— Não sei, não o conheço, mas talvez seja ele. — Ele saí de cima de mim. — Parece que você está falando a verdade em não participar disso  — ele faz uma pausa na fala. — Me ajude a sair daqui.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 - 𝓣𝓱𝓮 𝓫𝓵𝓪𝓬𝓴 𝓹𝓱𝓸𝓷𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora