cap 23

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sorri para o mesmo, e ele sorriu para mim também, ai eu lembrei que tinha que voltar para classe. Não queria voltar, queria ficar aqui com o vitinho, conversar com ele ma acalmava.

- preciso ir, se não vão vim procurar - dou um selinho no mesmo, e eu levanto e ele dá um tapa na minha bunda. - eiii

vitinho: desculpa não resisti - sorri, e fui até a classe, me sentei na minha carteira e comecei a rabiscar minha pele.

[...]

Cheguei em casa, eu tinha mil coisas para fazer, decidi almoçar primeiro, precisava descansar.

Peguei meu almoço comendo o mesmo, e vi Tv, tentei relaxar, não pensar em brigas nem nada. Eu e minha mãe até que estávamos bem, eles queriam saber se eu terminei, iam perguntar hoje, eu iria confirmar apenas.

Terminei de almoçar e fui tomar um banho, amo tomar banho, pois eu posso falar sozinha e pensar em tudo o que eu devia fazer.

Eu tenho só 14 anos, deveria seguir o que meu pai fala, mas...ele tem que aceitar, eu to crescendo, eu quero viver, quero viver intensamente, pq ate ano passado eu nem sabia se estaria aqui, eu queria morrer e não viver.

Já passei por inúmeras coisas esses últimos anos, eu quero tranquilidade, viver bem, tentar ser eu mesma sem me preocupar com o que os outros vão falar. Com o vitinho eu me sinto segura, ele gera uma tensão em mim boa, faz as borboletas que morreram em mim a um tempo voltarem a viver.

Gosto dele, gosto da nossa conexão, sempre fui muito insegura, e tento não ser tanta, para não parecer chata. Mas é impossível com tudo que já ouvi ao meu respeito, é estranho se sentir desejada por alguém, quando antes você não era desejada por ninguém.

Desliguei o chuveiro, pegando a toalha que ficava em cima do box. Me sequei e me olhei no espelho, tentei ver alguém mais bonita, mais magra, mais perfeita. Mas só me vi, e por alguns momentos, me senti bem com minha imagem.

Não quero brigar com meu pai mais, quero que ele aceite, aceite meu relacionamento e entenda que eu to na fase de viver novas experiências, eu não vou fazer sexo com o vitinho, nem que ele queira. Não pretendo perder minha virgindade com 14 anos.

Vesti meu pijaminha, e fui pro quarto, peguei meus cadernos e fiz as minhas lições, to tentando me dedicar na escola, quero tentar ser uma boa aluna.

Eu era, mas depois tudo mudou....não sei dizer, puis coisas desnecessárias na frente. Mas aprendemos com os nossos erros.

[....]

Acabei tudo que eu tinha da escola para fazer, confesso que eu vi Tv e eu não podia, meu pai me proibiu, eu vi escondido.

Como tava perto da minha mãe chegar era melhor eu não ficar vendo tv, eram umas 17 horas, aliás eu fiz aula de inglês essa era a única "internet" que eu podia mexer.

Peguei um livro para ler, eu tava lendo "sem você não é verão" eu tava quase no finalzinho, faltava alguns capítulos.

Ler livros me dava uma paz, me fazia esquecer os problemas, parece poucos para os adultos, mas eu sou uma adolescente, uma adolescente que está se descobrindo, está se conhecendo e quer viver a vida.

Não acho que meus problemas se comparem com quem passa fome, nunca. Essas pessoas que passam fome, sofrem muito mais, mas eu to confusa.

[...]

Ouvi a porta se abrindo da casa, era minha mae, ela veio até meu quarto batendo na porta, olhei a porta se abrir e fechei o livro.

mãe: oii s/a - ela se aproxima me beijando.

A ESCOLHIDA - vitinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora