S/N WOLFHARD SEMPRE SE SENTIU PERDIDA.
Gostar de meninas nunca foi uma coisa boa para ela. Isso fazia com que seu pai a odiasse, fazia com que ela se escondesse de tudo e todos. Apesar disso, Finn Wolfhard sempre a aceitou, esteve ali por ela. Seu...
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- Quer conversar agora? - Sadie segura as duas palmas das mãos de S/n, passando recorretemente os dedos pelas costas delas. - se você quiser, é claro.
- É apenas... meu pai. Ele me odeia, Sadie. - a Wolfhard fala. A mais velha prestava atenção em cada palavra dita, e em cada pequeno movimento que a garota fazia.
- Não diga isso! Eu tenho certeza que ele te ama, meu amor - Sadie tentava achar um jeito de confortar a menina, mesmo que talvez tenha que mentir.
- Eu não deveria estar aqui, ele vai me matar por causa disso! - S/n se afasta um pouco de Sadie, passando as mãos pelo rosto.
- Não pense assim, nós podemos explicar para ele que... você só saiu sem avisar! - a ruiva diz. A mais nova olha para a janela, dando indício de sair da mesma. - não vá, por favor.
S/n encara a menina em sua frente e concorda com a cabeça, engolindo em seco. Sadie tira a mochila das costas da Wolfhard, colocando ao lado de sua cama. As duas garotas se deitam, S/n apoiando sua cabeça na ruiva, fazendo pequenos carinhos em seu cabelo esparramado pelo busto da mais velha. Tempo de qualidade era com certeza a linguagem de amor que as duas meninas mais gostavam. Estando apenas uma do lado da outra, recebendo aconchego, era a melhor coisa.
S/n podia ouvir os batimentos do coração de Sadie, um pouco acelerados. Era estranho como a relação das duas meninas havia "crescido" tão rapidamente. E como nenhuma das duas tocou no assunto sobre a noite anterior.
O telefone dentro da mochila de S/n pode ser ouvido, é claro que ela sabia quem seria. Ela não queria atender, seu pai provavelmente estaria gritando com ela do outro lado da ligação.
- S/n? Merda, aonde você está?! - pelo contrário. Não era seu pai, era Finn. - papai está louco! Ele vai te matar.
- Papai é doente se acha que eu vou encontrar nossos avós e ele depois de tudo aquilo! - ela fala, escutando barulhos do outro lado da ligação.
"AONDE ESTÁ ELA, PORRA?!", S/n dá um pulo ao escutar o grito do pai, engolindo em seco. Sadie encara a garota depois disso, ela também havia escutado. É possível ouvir Finn falando com o homem mais velho, tentando acalmá-lo, mas obviamente não dando certo.
- AONDE VOCÊ ESTÁ?! - agora o pai falava. Ele estava irritado, respirando fundo rapidamente pela ligação. - venha para cá agora! Ou você quer que aconteça igual a última vez?
- Eu não vou! Não quero ficar junto com vocês, sei que vão me humilhar por gostar de garotas. - ela desafiava o homem, que por sorte ainda não tinha destruído o celular que estava em sua mão.
- Então eu vou te buscar, sua merdinha. - ele rosnava contra o telefone. S/n riu com a ameaça.
- E você sabe onde eu estou, hum? - o riso sarcástico do pai é ouvido pela menina, que segurava o celular com força, muita força.
