Obito...

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Eu estava frustrada, culpada e não conseguia parar de chorar. Depois que aquele homem saiu, pouco tempo depois Itachi e seu companheiro entraram no quarto. Me levaram ao banheiro que ficava na primeira porta ao lado direito daquele corredor e soltaram as minhas mãos para que eu conseguisse ao menos tomar um banho.

Me entregaram apenas uma camisola fina e perolada dizendo que "o chefe havia mandado", nada de roupa intima, nada de algo que cobrisse minhas pernas. Era tão curta e solta que qualquer movimento meu revelava tudo de mim. Eu não tinha acreditado que era verdade, até que Itachi interveio e me disse que eu tinha apenas duas opções: Vestir o que me foi dado para que eu tivesse algo que me cobrisse pelo menos um pouco ou continuar completamente nua. Então eu me sequei e a vesti.

Fui levada de volta para o quarto e presa novamente, mas um pouco mais vestida agora.

Não pensar sobre o que aconteceu era impossível, meu quadril doía por causa da negação do orgasmo e a vergonha me consumia por querer que ele terminasse o que começou. Era ridículo e nem mesmo a camisola branca perolada amenizava a vergonha que eu estava sentindo.

Eu não tinha ideia de que dia era ou sequer noção do horário, não tinha nenhuma brecha de luz pelas janelas e o corredor não mostrava nenhuma luz natural que pudesse me dar uma indicação que fosse do tempo.

Era cruel, os cortes nas minhas coxas eram cruéis, não saber quem eram também tinha uma crueldade sem tamanho. Olhar para os machucados das minhas coxas e lembrar da língua de um homem que me sequestrou e que seus homens me fizeram mal, era cruel.

Presa onde quer que fosse, com saudade da única pessoa que tinha me dado mais do que eu poderia imaginar.

Eu suspirei cansada, talvez eu nunca mais fosse sair desse lugar.

-x-

— Querida, Ume...? — Abri os olhos desnorteada sendo sacudida com certa delicadeza por ele. — Esta na hora de acordar, pronta para falar?

Respirei fundo, o moreno sorria de um jeito travesso e eu queria chutá-lo incansavelmente.

— Trouxe algo para você e preciso que coma, não queremos a namoradinha do Kakashi fraca. — Ele sorriu e colocou o prato ao lado do meu corpo. — não vou deixar que passe fome, como eu disse e mostrei a você, vou torturá-la de outra forma para que me conte o que preciso saber.

— Por favor, eu disse que ele nunca me disse nada sobre... Ficávamos apenas juntos e nada relacionado a vida dele ele me contou, estamos nos conhecendo ainda... eu... — solucei, não conseguia pensar que me deixei levar pela tentação daquele cativeiro.

Ele ficou sério e assim permaneceu por todo o tempo e que eu falei, então ele pegou a comida com a colher e a direcionou em direção a minha boca.

— Coma, depois continuaremos com as perguntas.

Eu realmente estava faminta e não havia mais vergonha que eu pudesse passar, ao menos pude manter minhas pernas fechadas enquanto a camisola estava enrolada em minha cintura. Abri a boca e ele fez o mesmo que Pain fez antes, me alimentou como uma criança, esperando pacientemente que cada uma das colheradas fossem mastigadas e enfim engolidas. Até a ultima colherada.

— Muito bem querida Ume, foi uma garota adorável. — ele disse e foi como um soco no estomago, senti meu rosto esquentar, Kakashi fazia o mesmo comigo. — Mas ainda precisa responder minhas perguntas, ou precisarei torturá-la novamente.

A falta de uma iluminação boa me permitia ver apenas o brilho do sorriso e dos olhos dele, o que não me ajudava tanto a decorar o rosto dele. No entanto, eu sabia que a luz que escapava do corredor era suficiente para que ele me visse por completa.

Por Ele - KakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora