De novo?

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Lusimar acabou de levantar da mesa e ir ao banheiro do nada, nem deixou o Gabriel falar. Pode ser qualquer coisa, não é? Não estou querendo ser muito paranoico, mas será que ela não gostou do meu gesto de colocar a minha mão sobre a dela que a deixou desconfortável? Nunca fui muito bom com encontros, mas ela estava meio trêmula, na minha concepção isso traria alívio. Enfim, melhor eu não me estressar muito com isso, tem muita coisa pra acontecer nessa noite. Espera...

Gabriel: Gente, essa pizza não vem não? Isso que dá vir pra essa pizzaria longe de tudo e todos, né, Matias?

Rubens: Só tem um pizzaiolo?

Matias: Sim, tinha só um.

Rubens: Tinha?

Matias: Sim, tinha. E é por isso que estamos aqui, sozinhos, como eu queria.

Gabriel: Hahaha, essa foi boa Mat. Que senso de humor interessante o seu né? É claro que o pizzaiolo está na cozinha fazendo a pizza. Só deve ter acontecido um pequeno imprevisto... Aliás, Matias, você tem certeza que pediu a pizza certa? Quando eu cheguei você tinha dito que já havia pedido...

Matias, que já estava meio estranho há um tempo, se levante e puxa uma chave do bolso. Ele vai em direção à porta principal da pizzaria e a tranca. Mas... como? Como ele tinha a chave desse lugar e por que está nos trancando aqui?

Gabriel: Isso era pra ser uma piada? Não estou gostando...

Matias: Acho muito engraçado que nesse tempo as pessoas ainda conversam sobre a mesa. No meu, pelo menos, é bem raro. Até foi bom eu vir pra cá, mas já chega disso. confesso que gostei bastante dessa nova personalidade de vocês, mas não posso ficar parado só ouvindo enquanto estão sendo lentamente consumidos.

Gabriel: Que merda de volume é esse aí na sua calça? Do jeito que as coisas tão, deve ser uma arma e não o que eu queria.

Matias, literalmente do nada, puxa uma arma de fogo do bolso, nos deixando completamente assustados.

Rubens: Wow, calma aí amigo...

Levanto minhas mãos para o alto, todo cuidado é pouco com esses lunáticos. Impressionante, na primeira vez que eu saio esse ano essas merdas acontecem. Se esse cara não me matar, a minha mãe vai...

Matias: Me deem os seus telefones.

Gabriel: Meu Deus, eu não tenho paz mesmo. Sério que você me enganou todo esse tempo pra simplesmente assaltar a mim e meus amigos? Porra, tanto trabalho... era mais fácil passar as carteiras na orla.

Matias pega os nossos telefones, que não são muito grandes, então foi fácil guarda-los em seu bolso.

Matias: Desculpa, mas furto não é a minha intenção nunca foi furto. Só quero que vocês não tenham distrações e me escutem com atenção, ok? Aliás, vocês podem me esperar aqui? Tenho que mijar.

Gabriel: Pode dizer se o pizzaiolo está vivo, ao menos?

Matias: Garanto que ele está muito melhor do que vocês, bem longe daqui. E sim, ele está vivo. Não foi muito caro...

Enquanto ele ia para o banheiro, provavelmente no intuito de chamar Lusimar, eu tento levantar de algum jeito.

Matias: Ô Rubinho, eu gostei de você, mas eu to prestando atenção viu, eu não to brincando.

Porra.

POV RUBENS

Matias ou sei lá quem for a pessoa que começou esse inferno aqui saiu do banheiro junto com Lusimar e o desgraçado do Juliano. Pelo visto a porrada que ele levou anteontem não fez efeito. Só não entendi por que o Matias chamou Lusimar de Camille e Juliano de Júlio, acho que ele é drogado ou algo assim.

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⏰ Última atualização: Dec 02, 2022 ⏰

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