Capítulo 7

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Pelas grandes portas de vidro, vi Jennie entrar acompanhada de uma mulher, muito bonita por sinal. Porém, assim que virou, em minha memória veio um flashback e me recordei de onde a conhecia.

Em livre e espontânea vontade caminhei até às duas, a loira assim que me viu pareceu se espantar.

— Roseanne, essa aqui é Lalisa, minha amiga, foi ela que tirou as fotos das quais você vai ver. — Jennie nos apresentou.

Então seu nome era Roseanne, combina com a dona.

— Pode me chamar só de Lisa -Estiquei minha mão, e Roseanne a pegou, com seu suave toque, tocando as palmas de minha mão. Ela estava estática e nenhuma de nos duas contamos a Jennie que já nos conhecíamos, não foi em um momento agradável, mas em uma primeira vez já tínhamos nos visto.

— É um prazer

— Prazer é todo meu — Sorri e depois ficamos em um silêncio opressor, apenas com troca de olhares que visivelmente também eram constrangedoras.

— Lis, será que você pode mostrar algumas de suas fotografias para Roseanne? Tenho que ir ao banheiro.

— Claro, será um enorme prazer — Consenti, por outro lado, Roseanne pareceu ficar desconfortável.

— Se eu soubesse que a exposição era sua não tinha nem vindo — Revelou, quando Jennie deu as costas.

— Em minha defesa, quem atravessou a rua sem olhar o semáforo foi você, ainda por cima teve sorte de eu não ter te atropelado.

— Já me desculpei

— Mas não se desculpou com a Maxiwell

— Que se dane sua moto imbecil — Deu de ombros com os dentes cerrados, e começou a andar pelo grande salão e me deixou falando sozinha.

Estufei meu peito, e com as pernas separadas comecei a andejar em sua direção, segurei seu pulso e ela virou bruscamente com as sobrancelhas levantadas.

— Não me deixe falando sozinha — Não foi um pedido, e sim uma afirmação, contudo ela não disse nada, mas pela sua expressão sabia querer me matar, eu era uma desconhecida para ela e que na sua opinião deveria estar agindo com arrogância. — Aí estão as fotografias menos interessantes, vamos para as minhas melhores. — Dei ênfase em melhores, e jurei vê-la revirar os olhos.

Ao passo que demos eu ainda segurava seu pulso, e em nem sequer uma relutância ela tentou se soltar, fiquei inúmero segundos me perguntando se deveria ou não soltar seu pulso, que nem reparei quando paramos em um retrato.

— Puxa, é maravilhoso -Disse, cobrindo a boca com as mãos.

— Essa foto foi quando viajei para África, eu quis retratar que além da pobreza ainda existem pessoas que sorriem — Descrevi, olhando para fotografia em que uma mulher negra sorria, com seus respectivos dentes extremamente brancos.

— Um lindo sorriso

— De todas essa é minha preferida

— Você sempre viaja muito para fazer essas fotos? — Perguntou

— Depende, quando estou de saco cheio da minha vida arrumo minhas malas e caio no mundo fotografando por aí. — Exponho com um olhar gentil

— Pode me mostrar mais fotos?

— Posso

Roseanne parecia uma criança, me puxando para lá e para cá, sempre perguntando sobre minhas fotografias, a princípio suas perguntas pertinentes nunca me incomodavam, pelo contrário, eu as respondia com o maior prazer, e principalmente porque eu gostava de ver seu sorriso a cada retrato que eu mostrava, era como se cada esforço tivesse valido a pena.

Só fiquei aborrecida quando Jennie voltou e roubou a atenção de Roseanne para ela, fingi não  importar-me, afinal eu não a conhecia, e não poderia ter esses tipos de sentimentos a quem eu considerava uma estranha.

Seguidamente na hora das duas irem embora, o carro de Jennie pifou, com certeza era algum problema no motor, ela se ofereceu para pagar um uber para Roseanne a deixá-la em casa, entretanto fui mais ligeira, e me ofereci para levá-la, Jennie não viu problema, mas Roseanne sim, pois contra seu gosto, tive que a levá-la em casa na garupa de minha moto.

— Está entregue — Profiro, tirando o capacete para olhá-la

— Obrigada — Agradeceu meio sem graça, me entregando o capacete que usava.

— Vamos nos ver novamente algum dia? — Indago esperançosa, não entendo o porquê dessas palavras terem saído de minha boca sem minha permissão.

— Eu realmente espero que não- Fala e dou risada, porém quando menos vejo ela já andou em direção a sua casa, entrando e me dando um aceno com a mão, em seguida fechando a porta.

Esse mundo é pequeno Roseanne, eu ainda vou te ver de novo — Digo, com um sorriso besta nos lábios, dando abalo com a moto.

Mais tarde terá mais uma att

Mil E Umas Loucuras Para Cometer Com, Roseanne Park (Chaennie+Chaesoo+Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora