Possesive - Dratom

15-Noah

Já havia passado uma semana e Pansy ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Tom de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feito de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraído por ele.

- Pansy, posso falar com você? - Perguntei esperançoso ao ver ele passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixavande correr atrás dela nem uma única vez. Pansy não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.

- Ih ! Acho que sea amiguinha não quer mais saber de você... Até que eu entendo ela.

- Tom... - Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.

- Lindo como sempre. - Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.

- Não, idiota como sempre.

- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. - Ele disse e riu.

-Ah é? Então me diz o porquê. - O desafiei.

- Simples... Eu e você. - Ele disse indiferente. - Vá lá e confie na sua amiga, conte para ele que nós transamos, que você é apaixonado por mim e que eu te proporciono muito prazer. - Eu ri debochado.

- Não sonha. - Falei.

- Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?

- Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz... - Tom me olhou e riu.

- É incrível como você mente para todos e para você mesmo. - Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheio. - Pensei que você fosse mais inteligente... Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.

- É aí que você se engana... Dray. - Ele deu ênfase ao meu apelido.

- Me deixe em paz, Tom. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.

- Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. - Ele disse implicante como sempre, riu e saiu.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver meu melhor amigo rindo loucamente com Lia como se elas realmente fossem íntimas, caralho, eles não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Pansy me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

- Professora? - Chamei e ela me olhou. - Será que eu posso ir tomar uma água?

- Não está se sentindo bem de novo, Draco? Aham, sei. - Rebeka se meteu.

- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.

- Eu falo o que eu quiser. - Ela tentou se defender.

- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. - Rebeka ficou quieta. - Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com o seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim... Rebeka me olhou com uma cara do tipo "como você sabe?" e eu ri, enquanto a turma cochichava. - Ah e se você que saber, não, eu não estou me sentindo mal... Só estou com sede. Isso te incomoda?

- Não. - Ela disse seca e desviando o olhar de vergonha.

- Ok. Posso ir professora?

- Sim, Draco, vá. - Ela disse com um sorriso breve nos lábios. Saí da sala. Havia um bebedouro no mesmo corredor que ficava minha sala, mas eu comecei a ouvir algumas vozes e resolvi prolongar minha caminhada, até porque estava meio suspeito, pois as pessoas estavam sussurrando.