64-Graduation

435 30 2
                                    

Já haviam se passado um mês, eu não tinha nenhuma notícia de Tom, a não ser as poucas coisas que Pansy me contava, minha vida só piorava e meu pai ficava mais rígido.

- Mérope - Chamei seu nome ao avistá-la, ela veio até o portão de minha casa, pois eu não podia sair.

- Meu querido, como você está? Seu pai está em casa?

- Estou bem. - Menti. - Não, ele não está. Como está Sunny? - Eu sentia falta da minha pequena. - E os garotos não vieram mais aqui?

- Sunny está linda, como sempre. Vi ela ontem, Blaise disse que ela sente sua falta, ela começa a chorar e diz "papa". Comecei a chorar. - E eu mal consigo falar com o meu filho, os garotos disseram que ele anda resolvendo umas coisas e não para em casa.

- Ele desistiu de mim.

- Não fala assim, querido.

- É a verdade.

- Tom te ama, eu sei que ele ainda vai lutar para tê-lo.

- Preciso ver Sunny, tem como você trazer ela aqui? Meu pai vai voltar tarde.

- Sim, eu vou lá buscar ela e trago ela aqui sim. - Mérope. - Ela vai ficar muito feliz.

- E você está bem?

- Sim, estou ótima. Aliás, estou voltando para o Estados Unidos amanhã a tarde.

- O que?

- Sim, querido. Não quero ficar morando na frente da casa de um monstro.

- Te entendo. - Minha voz saiu fraca. - Pelo menos você mora na frente, eu moro na mesma casa.

- Você ainda vai ser muito feliz, pode apostar. É hoje sua formatura, não?

- Sim. Falei sem ânimo.- Você vai?

- Vou tentar.

- Por favor, vá. - Implorei.

- Veremos. Agora vou lá buscar - Sunny  para você, daqui a pouco eu estarei aqui. - Ela disse e entrou em seu carro, sentei-me em um banco que havia ali e fiquei esperando cerca de trinta minutos, logo avistei o carro de Mérope  novamente, ela saiu do carro e abriu a porta traseira, tirou Sunny da cadeirinha e quando eu a vi, abri um sorriso largo e verdadeiro, aliás, fazia tempo que eu não sorria desse jeito.

- MEU AMOR - Chamei sua atenção e Sunny me olhou, em seguida ela abriu um sorriso de felicidade e começou a querer vir no meu colo, mas eu estava trancado, não podia pegá-la. - Você está linda e parece ter crescido um pouco. - Tentei beijá-la entre as grades e obtive sucesso.

- Papa... - Ela começou a chorar porque não podia ir no meu colo.

- Não chora, minha linda. Não chora. - Botei meus braços entre as grades e comecei a acariciar seus cabelos. - Você vai ver, logo o papai vai te pegar e te abraçar forte. - Foi estranho me ouvir dizendo aquilo, Sunny não era minha filha de sangue,  mas mesmo assim, eu era seu pai, ela me adotou como pai. - Te amo, pequena.

- Ela realmente gosta de você. - Mérope disse. - Mas enfim... Esses dias eu estava olhando, você não acha o nariz dela igual ao meu? - Mérope  perguntou e eu ri

- Sim, claro. - Falei. - Linda igual a vó. - Elogiei

- O que está acontecendo aqui? - Um carro estacionou atrás do carro de Mérope e vi meu pai, revirei os olhos.

- Deixa comigo, querido. - Mérope  disse.

- Mérope... Tentei pará-la.

- Você não tem vergonha, Lucius? Olha o que você está fazendo com seu filho, está o deixando em uma prisão e o privando de aproveitar sua juventude, você não é um pai, é um monstro.

Possesive - DratomOnde histórias criam vida. Descubra agora