63-My life its over

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Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.

- Você é Draco Malfoy? - Um perguntou.

- Não. - Falei. - Sou o vô dele. - Ironizei.

- Entre no carro. - O outro falou. - Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Luan e esse é Marcel, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Alemanha, não é?

- Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. - Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Pansy para telefonar para Tom ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupado, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Tom por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.

- Chegamos. - Marcel disse. - Estaremos aqui na hora que você sair.

- Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola a mando dele, então não tente dar uma de espertinho. - Luan completou.

- Isso tudo é exagero. - Protestei.

- Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. - Fiquei quieto e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.

- DRACO? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... - Desabei, a abracei fortemente e comecei a chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Pansy não estava entendendo nada. - O QUE...

- Meu pai... Meu pai, Pansy. - Eu não conseguia falar. - Ele descobriu tudo, Rebeka contou tudo, ele foi até o restaurante e... - Respirei fundo tentando conter as lágrimas. - Viu a gente e fez o caralho a quatro, ele bateu em Tom, ele deixou Tom inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Pansy. Preciso da sua ajuda.

- Vou ligar para Theodore, espere.

- Não aqui. - Falei e contei o resto da história, contei que eu iria para Alemanha e ela começou a chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava preso.

- Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Tom... - Ela concluíu. - Eu não quero perder você, não quero perder meu melhor amigo. - Chorei mais ainda.

- Nós nunca vamos nos separar. - Prometi. - Nós podemos arrumar um emprego e morar juntos, nós sempre sonhamos com isso.

- Mas não em Alemanha. - Ela disse.

- Eu sei... - Eu não tinha mais o que falar.

- Eu sei que nada vai nos separar. - Ela riu tentando me tranquilizar. - Nem uma merda de outro País.

- Preciso saber do Tom. - Insisti.

- Ok, sobe para a sala, eu vou ao banheiro e voltarei com notícias. - Assenti e fiz o que ela pediu correndo. Cheguei na sala e vi Rebeka sentada, conversando com suas amigas serenamente, me enchi de raiva por saber que ela era o motivo de tudo isso e quando vi, eu estava indo em sua direção.

- Você merece morrer. - Falei e ela levantou-se de sua cadeira ficando cara-a-cara comigo.

- E você junto comigo.

Possesive - DratomOnde histórias criam vida. Descubra agora