Capitulo 15

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M

Já fazia alguns dias que eu não consegui dormir o pavor tomava conta do meu corpo e a angústia do meu coração , Thatcher começou a chegar todos os dias bêbado fazia uma gritaria , quebrava as coisas e apagava no sofá . Depois de estar a quase uma semana vivendo nesse inferno eu decide tomar uns remédios parar conseguir dormir .

Meu corpo estava cansado e necessitava de uma noite de sono , mesmo com o medo sobre domínio ele gritava por repouso , tomei um banho e vesti uma roupa qualquer , peguei os remédios da minha mãe e então os tomei , tranquei a porta do meu quarto e com um pouco de dificuldade eu coloquei a cômoda sobre ela , caso ele surtasse e tentasse invadir seria mais difícil .

O efeito do remédio foi rápido e logo eu estava em um sono profundo , acabei sonhando com aqueles olhos verdes brilhantes a mulher que no último vez estava se fazendo presente em meus pensamentos , eu não quis tomar o remédio inteiro por medo de seu efeito sobre meu corpo cansado , eu havia tomado apenas metade do mesmo , parar conseguir descansar por algumas horas e quatro horas foram o suficiente .

Acordei ouvido barulhos altos e me assustei , mas esses barulhos não eram aqui dentro de casa me levantei meio sonolenta e fui até o banheiro joguei água no rosto e fui tirar a cômoda da porta , abri a mesma com muito cuidado e coloquei a cabeça da fora , olhei para os lados e nada sai do quarto e desci as escadas.

Minha mãe estava no sofá coberta por sangue e com seu olhar fixo em um ponto específico , a porta de casa estava escancarada , me aproximei dela e me ajoelhei em sua frente .

— Mãe , mamãe ?! _ ela me olhou com lágrimas nos olhos.

— Oh minha pequena , eu sinto tanto por tudo isso , me perdoe por deixar você passar por isso .

— Ei mamãe , está tudo bem ! Eu estou bem , o que aconteceu ?! Esse sangue é seu ?!

— A polícia já deve estar chegando pequena , o Thatcher está jogado lá fora ! Esse sangue é dele .

— Mamãe , o que a senhora fez ?!

— Nada meu amor , apenas fui ajudá-lo mas alguém fez questão de que ele não sobrevivesse.

Em poucos minutos haviam polícias , paramédicos e alguns repórteres em frente a nossa casa , ao que tudo indica Thatcher havia sido atropelado e pelo seu teor absurdo de álcool seria quase impossível ele sobreviver .

Eu e minha mãe fomos levadas ao hospital , passamos por muitos exames e os policiais nos fizeram inúmeras perguntas , logo minha irmã chegou ela me abraçou tão forte que eu sentia seu coração bater tão rápido como se fosse explodir a qualquer momento .

Nos passamos a noite no hospital , falaram que no outro dia nós dariam alta , aquela foi a primeira noite depois de dias que eu consegui dormir tranquila de novo , acordei na manhã seguinte com o par de olhos verdes me olhando e segurando flores em suas mãos .

— Bom dia Meredith , orquídeas são suas preferidas né ?! _ ah que saudade eu estava do som de sua voz e da sua delicadeza comigo , eu sorrio acho que da forma mais genuína possível .

— Bom dia Addison , você lembrou ?!

— Como esquecer ?! _ ela se aproximou e deixou as flores na mesinha ao lado se sentou próxima a mim e segurou minha mão .

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