A praga estava matando cada vez mais fadas em todas a províncias de Sídhe, estava cada vez mais difícil de entender, nem nossas magias de cura que sempre foram incríveis, estavam dando conta de todo esse desespero.
Os cabelos molhados de Emer pingava sobre a roupa que ele vestiu, as mesmas das que estavam vestidos antes de começarem a se despir na noite anterior, ele olhava para a sacada de mármore do quarto dela, aguardando ela terminar de se arrumar.
Haviam tomado banho juntos, mas nada tinha acontecido além de cuidado e amor em passar o sabão de banho nas costas um do outro.
— Devíamos ver seus pais, provavelmente estão desesperados – Me apressei em dizer após chegar perto dele.
— Eu concordo – falou em apreensão — Porém não com a parte de desesperados, eles já se acostumaram com a minha ausência por longos dias.
Um rubor subiu pelas minhas bochechas.
— Por quê diz isso? – Ousei perguntar
— Depois que você sumiu, eles acabaram se acostumando em eu passar uma semana inteira fora sem sequer avisar onde estava.
— Porque você fazia isso, Emerial?
— Você se esquece que amar é bom, mas superar é doloroso – disse friamente, voltando o olhar ao meu — Esqueça, quando podemos ir?
— Agora, estou pronta, e você precisa de roupas, aqui só tem as minhas roupas mundanas ou roupas de fadas e elfos para você vestir, que certamente não vai cair bem.
A risada dele preencheu o ambiente, levando a minha junto em seguida.
— Eu concordo, vestir um vestido branco transparente não está nos meus planos futuros.
°°°
Decidi que cuidaria de um problema ao qual pudesse agarrar, um após o outro, para não me atrapalhar em meio a confusão que minha vida daria em tomar o lugar da minha Senhora no conselho, então decidi começar pelo mais simples, Emerial e seus pais.
Assim que atravessamos como da primeira vez, agarrados um ao outro, e com minhas mãos no seus olhos, estávamos a poucos passos da rua da casa dele, em qual seguimos de mãos dadas até a entrada da casa, ao qual ele soltou para puxar o portão de ferro que rangia perto excesso de tempo e exposição a natureza.
Subimos os degraus e o Emer bateu a porta, estava sem chave alguma – não teve sequer tempo de pensar em chaves quando estava sendo sequestrado no próprio quarto.
Assim que o ranger conhecido da porta se ouviu, abrindo para o quente que emanava da casa, ela ouviu a voz da mãe do Emer.
— Santo Deus, como você pode sumir novamente Emer? – Ela o agarrou, agarrando-lhe a um abraço de urso de uma mãe preocupada.
— Desculpe mãe, dessa vez foi mais do que conseguir evitar – Ele suspirou — Mulher, você vai me esmagar.
Ele reclamou, que fez logo ela solta-ló, virando o olhar para quem estava ao seu lado, a mim.
— O que você está fazendo aqui? Não foi egoísta o suficiente arruinando meu filho emocionalmente sumindo da noite pro dia sem nenhuma explicação? – O tom de voz aumentou na frase seguinte — O que você está fazendo aqui?
— Acalme-se, ela está aqui porque a trouxe comigo.
— E porquê você a trouxe? Ela já não te magoou o suficiente Emerial?
— Mãe... Acalme-se por favor. Nós estamos conversando sobre isso.
— Não tem o que conversar! Ela foi embora sem olhar para trás, sem se importar com você, com ninguém!
Engoli em seco para segurar as lágrimas antes de falar — Emer, esperarei lá fora – Virei o olhar para mãe do Emer pela última vez — Perdão. Eu sei que o magoei.
Me virei, seguindo para a saída antes que ela falasse mais verdades duras demais na minha cara e eu não aguentasse mais engolir as lágrimas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mar do Cisne
FantasyA morte da minha mãe foi de tamanho inesperado e exasperado, tinha tanto pra viver, foi tão precoce.. Foi um baque tão imenso, não só pra mim; A Rainha de Cisne havia morrido. O que abalou uma relação a qual já era totalmente ruim, e começou um enor...