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Dois meses se passaram, e nenhuma pista sobre como poderíamos proceder nos vinha a mim, a nós.

Eu me dividia em visitar moradas que estivesse pessoas mortas e doentes e ajudar em buscar mais informações nos livros.

Únicas coisas que nossas fadas especializados especificamente em cura descobriram, é que a Praga era repassada sem nenhuma ligação lógica, nem por contato, nem no ar, nada que fosse palpável, apenas por pura magia. A magia da pessoa era desfalecida e assim, consequentemente seu poder, sua saúde, também começava a desfalecer.

Isso nos ajudou em focar nos livros especificamente sobre magia das fadas, mas ainda assim nada que fosse um resultado palpável.

Estava retornando para minha alimentação da tarde quando Emer desceu depressa da biblioteca em direção a mim, ele carregava um livro velho de capa camurça de cor verde, era obviamente de uma das sessões mais antigas das fadas.

Ele afobado chegou até mim, com sua respiração entre-cortada, colocou o livro a minha frente.

— Respire antes de falar, por favor – Pedi antes que ele começasse a falar.

— Olhe essa página, diz sobre um local mágico. Não... Bem, um local antigo de vocês, chamado Câmera de Tormento dos Sussurros, sei que o nome soa desagradável... Ah como soa...

— Fale homem – interrompi, rindo entre palavras com seu nervosismo

— Aqui diz – apontou pra página do livro — que nesse tal local de tormentos, você pode ter absolutamente qualquer resposta. Aqui diz que após adentrar, você passa por terrores em qual o livro não soube explicar, informar, mas que depois de passar por tudo isso, se conseguir passar, você pode perguntar absolutamente qualquer coisa, que eles os dirá. Sei que é algo terrível e deveríamos usar apenas como última opção, mas não podia deixar de te contar – finalizou soltando um suspiro longo, sentando-se a cadeira ao meu lado.

Tudo que o Emer me trouxe, me encheu de esperança de alguma resposta, as mortes que acontecia uma após a outra, me deixava apavorada todos os dias. E todos os casos eram da mesma forma, a pessoa caía doente da noite pro dia, e horas depois estava morta.

Sabia que podia ser um risco muito grande entrar nessa câmera, se ninguém falava mais dela, e o próprio livro não conseguia descrever os terrores que havia ali dentro, então obviamente era algo muito ruim. Até o que era considerado horrível e temível para nós como a própria fada da morte, conseguiríamos descrever...

Cada garfada que colocava na boca, minha mente pensava nos prós e contra de me arriscar nessa câmera.

— Eu vou, amanhã – informei a mesa, que agora se envolvia com também a volate e a conselheira, onde o Emer explicou o que havia me dito assim que desceu as escadas.

— Você está absurdamente louca Gryt! Eu disse que era uma última opção! – Emer soltou horrorizado.

— Não posso esperar uma próxima oportunidade, pessoas estão morrendo todos os dias lá fora, cada dia que passa é seguido de uma morte, a qual não conseguem nem recorrer de melhorar. Não posso esperar mais.

— Mas é a sua vida! – ele argumentou de novo em um tom alto

— Eu sei Emer, e por isso irei. Sou uma princesa, se for preciso arriscar ou pior, perder minha vida em ajudar o meu povo se libertar dessa praga, eu irei.

— Mas...

— Por favor Emer, só me apoie – o interrompi

Ficamos alguns minutos olhando fixamente o olhar um do outro, como se fosse puder nos comunicar um com o outro por telepatia até que Emer assentiu, voltando ao prato, supondo eu para não deixar a boca vazia e acabar falando o que não devia.

Ficamos alguns minutos olhando fixamente o olhar um do outro, como se fosse puder nos comunicar um com o outro por telepatia até que Emer assentiu, voltando ao prato, supondo eu para não deixar a boca vazia e acabar falando o que não devia

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