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Visitamos diversos pontos de Cisne em que teve casos da peste, eu e Carmen, enquanto Emer estava com minha Volate na biblioteca privada do Conselho em busca de algo sobre a peste.

Retornando a minha morada barrows, fui direto a mesa pequena de refeições em um espaço que dividia a sala de jantar e a cozinha para encontrar o Emer, que estava devidamente sentado, se alimentando do que havia mesas.

— Vocês não é muito de comer carnes aqui né? – ele esboçou, com tristeza, a mesa repleto de legumes

— Realmente – me sentei ao seu lado — Aqui em casa, realmente não somos.

Ele me contou os diversos livros que empilhou sobre a mesa, que sequer mencionasse a palavra “praga”, dividindo o trabalho dele e da minha volate em buscar e ler, para ser mais rápido. E eu o contei sobre as diversas casas a qual perderam pessoas, tanto fada, como elfos.

— O pior que eu nem sei como começar a tentar.

Assim que terminei a fala, adentrou uma fada, mais precisamente quem trabalhava para manter aquela casa em ordem, com um papel na mão com um lacre vermelho em cera e a marca dos Deuses.

Era um convite.

Ela se aproximou e me entregou o meu, revelando mais um na sua mão.

— Esse é para minha irmã, suponho?

— Certamente, senhorita – confirmou, se afastando.

Respirei fundo e coloquei no canto da mesa, aquele pequeno convite de papel grosso e amarelado como livros antigos.

— Não vai abrir? – perguntou ele, após enfiar um pedaço de cenoura cozida a boca.

— Agora não, seja o que for, certamente não quero ter mal-estar em plena alimentação, e definitivamente prefiro abrir com a secretária ao lado.

Ele confirmou com a cabeça, agradeci a Mãe por ele não falar mais nada sobre o assunto, mudando totalmente o foco para uma conversa boba sobre um livro de romance élfico que encontrou na biblioteca.

°°°

Me reuni com as fadas e Emer no meu quarto, onde nunca seríamos interrompidas, nisso, eu e minha irmã sempre respeitamos, o espaço íntimo uma da outra. Nunca frequentei o seu quarto, e nem ela o meu.

Abri o envelope e li em voz alta, não passava de um convite dos Deuses para nos reunir em um desjejum para falar sobre a praga.

Um suspiro longo de alívio saltou dos meus lábios, e eu podia jurar que o Emer tinha voltado a respirar naquele momento. A idéia de eu me deitar com outro homem nunca seria agradável, não importasse se o motivo era maior, e qual seja a espécie, era doloroso e eu esperasse não precisar entregar tal dor ao Emer enquanto ele existisse. Torcia e orava a Mãe que a escolha só seria feito depois de ter vivido ao lado do Emer por toda a vida mortal dele.

Mesmo acreditando firmemente ser fora da realidade. Mas nada que um pouco de fé e esperança, não ajudasse qualquer que seja a espécie a seguir em frente. Sempre acreditando que o dia seguinte seria melhor. Que haveria dias melhores.

 Que haveria dias melhores

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