A morte da minha mãe foi de tamanho inesperado e exasperado, tinha tanto pra viver, foi tão precoce.. Foi um baque tão imenso, não só pra mim;
A Rainha de Cisne havia morrido.
O que abalou uma relação a qual já era totalmente ruim, e começou um enor...
Despertei, apesar de exausto por termos feito amor três vezes naquela noite.
Ainda de olhos fechados busquei pelo lado da cama, o seu corpo, tateando sobre os lençóis sedosos e escondendo meu rosto com o outro braço a luz do sol que tomava meu rosto pela varanda.
— Não precisa buscá-la, ela não está.
— Volate? Onde ela está? – levantei meu corpo, sentando-se na cama de sobressalto
— Ela foi a câmera.
— O quê?! – falei alto
— Ela deixou o recado a seguir: poderia facilmente aceitar a sua morte, seguindo para a luz, por ter dado o melhor pelo seu povo, mas se te levasse junto, se arrependeria amargamente por ter te deixado isso acontecer.
— Tem muito tempo que ela saiu?
— Não senhor.
— Me leve até ela! – berrei.
— Ela proibiu de eu fazer isso, de qualquer um de nós levarmos você até ela, apenas nos permitiu levar você pra casa.
— Então me leve a minha casa.
— O senhor deseja voltar pra sua família?
— Não! Mas se é o único jeito de ir ao meu reino e ir atrás dela, eu irei.
— Mas senhor...
— Você deseja que ela entre naquele lugar sozinha? Você deseja que ela viva tal sofrimento sozinha como um cordeiro em sacrifício por vocês? Dane-se as ordens dela, ela é minha mulher e não deixarei ela sozinha! – berrei cada palavra.
— Irei te teletransportar para sua residência, de lá por já está fora do Reino ao qual devo lealdade, te teletransporte para a trilha. Porém deve-se lembrar que você terá que prosseguir sozinho, por está dentro de algo mágico novamente, minha lealdade...
— Não precisa completar, entendi – a interrompi — Deixe eu me vestir, dois minutos.
Ela assentiu e saiu do quarto, fechando a porta para minha privacidade, sai da cama e busquei depressa minhas roupas espalhadas no chão, vestindo cada peça com agilidade.
— Entre volate.
Ela adentrou e foi até mim, segurando minha mão.
— Está pronto?
— Sem dúvidas. Não esqueça que o cordeiro que está lá é minha mulher.
Ela assentiu novamente e eu fechei os olhos, como sempre fazia quando ela colocava seus dedos finos sobre meus olhos antes de teletransportar.
E assim chegamos a minha rua, exatamente no ponto que uma vez ela parou para eu poder pegar minhas coisas.
— Me der 5 minutos antes do próximo teletransporte – ela respirou fundo e eu assenti.
— Como você tem teletransporte? – perguntei curioso.
— Quando a falecida Senhora a deu o poder das asas através da tatuagem, ela também deu o de teletransporte, e como sua volate, respingou em mim. Não posso me teletransportar como ela, mas consigo fazer alguns teletransporte a cada mês. E não tenho asas como as delas, a minhas se cansam rapidamente em poucos minutos de vôo.
— Vocês duas vivem juntas a muito tempo?
— Éramos grudadas quando criança, a seguia para todos os lugares, com o tempo, ela selou comigo, me tornando sua volate pelo resto dos meus dias.
— Quer dizer que sua existência é dedicada a ela?
— Não é bem assim, eu irei viver normalmente, posso ter minha própria família, mas nunca poderei me afastar dela até a minha morte ou sua morte. Viverei pra sempre na morada que ela morar, meu trabalho sempre será lhe auxiliar e lhe dar minha lealdade. O que não me exige de mim, ser leal no caso, a considero uma irmã.
— Então se um dia você se casar, toda sua família morará na morada junto com ela?
— Sim, certamente. Se caso ela morresse... – ela suspirou como se rejeitasse a idéia — Se caso, acontecer, eu estarei livre da morada, porém não é o que desejo. Eu escolhi a honra de servir a futura Rainha.
— Você acredita que ela será Rainha?
— Seria um desperdício se não fosse, ela é incrível. Vejo muito potencial.
Com isso, ela agarrou meus braços novamente, sabendo que faria, fechei os olhos novamente.
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