Esse capítulo contém conteúdo explícito de auto mutilação e descrição gráfica de sangue. O emoji ⚠️ vai alertar quando iniciar e finalizar, não é nada grave, mas estejam avisados.
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Tudo havia mudado. O mundo havia evoluído, humanos nasciam e morriam a cada instante, a humanidade havia se tornado cada vez mais arrogante e mais violenta, e Asterin foi se tornando mais rígida com seus deveres, com seu papel, o que gerou diversos conflitos com Morpheus nos séculos que se seguiram. As brigas começaram quando Morpheus a culpou por deixar os filhos ficarem um século com os tios, e em consequência eles ficaram naquele século separados até que os filhos retornassem e percebessem o quanto sua ausência afetou os pais.
Eles nunca se divorciaram, nunca se separaram, mas quando as brigas ficaram intensas e Manon ou Adam tinham que interferir, Asterin se mudou para o reino Mortal, o que separou grande parte de seus filhos que tiveram que escolher se ficariam perto da mãe ou do pai. Ela não morou mais do que cinquenta anos com os Mortais e retornou ao Sonhar e retomou laços com o marido. Mas segundo os filhos, o Sonhar ficou sob a grande população de pesadelos que quase causou um colapso com os mortais. A briga mais recente foi quando os filhos resolveram deixar o Sonhar e viver com os mortais, ele a enlouqueceu para não deixar aquilo acontecer, a humanidade havia sido cruel o suficiente para o filho dele. Asterin, no entanto, não fez nada. O que causou revolta em Morpheus e quase a expulsou do Sonhar, apenas não o fez porque seus filhos praticamente imploraram por aquilo. Mas ele nunca perdoou Asterin pelo desprezo com Orpheus e com Calliope, a quem ela desprezava em qualquer oportunidade, inclusive para dizer que os filhos estavam vivos. No entanto, agora eles pareciam estar em um momento calmo no relacionamento.
— Vai trazê-lo para casa ou o banir para a escuridão? — Asterin perguntou sentada em seu trono vendo Jessamy aparecer. Coríntio estava dando trabalho com os mortais, os assassinando para ser exata.
— Trazê-lo para casa não funcionou da primeira vez, avisamos o que aconteceria se houvesse uma segunda — Morpheus respondeu sem olhar. Seus olhos estavam em seu elmo.
Os passos de Lucienne foram escutados, mas nenhum dos dois olhou para ela.
— Meu senhor, você vai voltar, não é? — Ela perguntou fazendo Asterin a observar.
— E por que eu não voltaria, Lucienne? — Ele perguntou pegando o elmo nas mãos.
— Eu não sei — Ela admitiu — Apenas um pressentimento. Por mais poderoso que o senhor seja em seu reino, sonhos raramente sobrevivem no mundo desperto. Pesadelos, por outro lado, se dão bem.
— Ela tem razão. Leve Jessamy com você — Asterin disse atraindo o olhar de Morpheus — Vai nos deixar mais calmas.
— Acha necessário? — Ele perguntou com a voz calma. Asterin olhou para Lucienne.
— Confio nos instintos de Lucienne — Ela respondeu.
— Tudo bem — Ele disse por fim — Jessamy vem comigo.
Ele pegou a areia que ele guarda em um pequeno saco que o levaria a onde ele quisesse. Não demorou muito para ele desaparecer do campo de visão de ambas. Ela ainda achava uma péssima ideia ele ir daquele jeito, mas Morpheus não quis escutar, mesmo depois de Luna o avisar que aquilo podia ser uma ideia muito ruim. Luna estava sob supervisão de Destruction quando seus poderes de vidência se afloraram, os primeiros anos foram assustadores para Luna que não sabia a diferença entre passado, presente e futuro. Hoje ela sabia a diferença, mas não podia controlar as visões.
— Lucienne, pode pedir para Adam me visitar em meu quarto? Preciso falar com ele — Asterin perguntou se levantando e recebendo um assentir da bibliotecária — Obrigada.
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𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐈𝐍 𝐀 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌 : the sandman
Fantasy──────────── 𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝘁𝗼 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮 𝘃𝗼𝗰𝗲̂𝘀 𝗰𝗮𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗲 𝗰𝗮𝗻𝘀𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗼 𝘀𝗼𝗻𝗼 𝗼𝘀 𝘁𝗿𝗮𝘇 𝗮𝗾𝘂𝗶 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗿𝗲𝗺 𝗹𝗶𝗯𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝗮𝘃𝗲𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮. Asterin Windsor, uma gar...