KATE
Chamei as crianças para darem uma volta comigo dentro da propriedade do Sr. Lancaster, a tarde estava agradável e o sol iluminava a nossa pele.
Mais cedo conheci Marcelo, o motorista. Ele foi bem simpático comigo e gostei dele, disse que estava a minha disposição caso eu precisasse de algo. Conversamos um pouco e descobri que ele era da Flórida e tinha 37 anos mas já estava a trabalhando com o Sr. Lancaster a seis anos. Confesso que fiquei surpresa, exceto pelas babás, a maioria dos funcionários dele estão aqui a muito tempo.
— E então, o que vocês gostam de fazer? — perguntei enquanto eles andavam lado a lado comigo.
— Gostamos de livros, apenas. — Manuela fala.
— Eu sei, mas fora isso, o que vocês fazem no tempo livre?
— Nada. — Guilherme fala e aponta para a árvore a nossa frente. — Olha, que árvore bonita!
Realmente era bonita e bem alta, ela fazia uma sombra agradável então caminhei com eles até lá e me sentei olhando para eles.
— Venham, sentem aqui. — peço mas os dois negam com a cabeça.
— Não temos autorização para sentar no chão.
— Não tem mal algum em se sentar no chão, Guilherme, principalmente na grama. — dou batidinhas ao meu lado.
Ainda desconfiado, ele se senta. Manuela parece mais animada ao se sentar do meu outro lado.
— Sempre quis saber como era pisar na grama.
— Não seja por isso. — começo a soltar a sandália dos seus pés.
— O que você está fazendo? — me encara com olhos arregalados e põe sua mão sobre a minha me impedindo de continuar.
— Tirando isso de você. — aponto para a sandália. — Se você tem vontade, tem que sentir.
— Mas nosso pai... — Guilherme fala e eu travo o maxilar.
— Está ocupado trabalhando, ele não vai se importar.
Os dois parecem relaxar. Enquanto volto a retirar a sandália da Manuela, Guilherme tira a sua própria.
— Isso é muito bom. — seus pés tocam na grama.
— Nossa, que delícia. — Manuela até suspira e eu sorrio. — Não vai colocar os pés na grama também, Kate?
— Eu não. — sorrio. — É que grama tem uma doença horrorosa que causa muitas dores e bolhas nos pés. Quero sentir isso não.
Os dois arregalaram os olhos.
— Ahhh! — gritam e levantam os pés depressa.
Eu ri alto vendo o desespero deles.
— Estou brincando. — coloco a mão na minha barriga que começa a doer de tanto rir.
— Kate, isso não se faz! — Manuela leva a mão ao peito.
— A você quer rir? Vamos fazer ela rir, Manuela.
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Uma Babá em Minha Vida
RomanceKate Mason sempre foi considerada uma mulher inconsequente. Desde cedo ela se acostumou a ser livre e depender exclusivamente do seu próprio dinheiro, mas nem tudo são flores para uma herdeira e Kate aprende isso na marra quando decide abandonar o s...