Capítulo 27

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DOMINIC

George Mason passa pela porta e meu olhar se fixa no seu

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George Mason passa pela porta e meu olhar se fixa no seu. Ele é um homem de meia idade, tem os cabelos pretos com alguns fios brancos e está em forma. Ao seu lado está uma mulher loira, seu cabelo vai até metade das costas e seu vestido elegante realça o seu corpo. Os olhos bonitos não deixam dúvidas de que essa é a mãe da Kate.

— Sr. Lancaster. — é ele quem me cumprimenta primeiro. — Como vai?

— Ocupado. — sou direto. Um sorriso cínico aparece em seu rosto.

— Imagino que sim, mas obrigada por nos receber. — agradece.

Eu aponto para as cadeiras a frente da minha mesa e eles se sentam.

— A que devo a honra de sua visita repentina Sr. Mason?

Ele me fita e eu devolvo o mesmo olhar cauteloso. Sua esposa se mantém em silêncio mas observa todos os detalhes do meu escritório atentamente.

— Sabe quem sou?

Apoio os braços na mesa e entrelaço os meus dedos.

— Não, mas o sobrenome me dá uma ideia.

— Somos os pais da sua... Empregada. — o homem reluta tanto para falar que é perceptível a dificuldade que tem. — Queremos conversar sobre ela.

— Estou ouvindo.

Algo nesses dois me incomoda profundamente a ponto de me sentir desconfortável somente com a presença deles na minha sala. George tem uma energia bem pesada e olha que não sou de acreditar nessas coisas, já Hilary, é daquelas que não são de falar nada mas vão te julgar, te olhar dos pés a cabeça.

— Kate não sabe o que está fazendo da vida, por isso está trabalhando como babá. — seu tom é de desdém. — Ela é a minha herdeira, estou aqui para mandar que a demita.

Eu tenho que rir disso mas me controlo ao máximo, deixando apenas transparecer um sorriso irônico que o faz franzir o cenho.

— Você veio até o meu escritório para mandar em mim? — minha voz soa baixa mas audível.

Os dois percebem que não vai ser tão fácil me intimidar e arrumam a postura na cadeira tentando ficar "maiores" do que eu, o que não é tão fácil já que tenho quase 1.90 de altura.

— Não me entenda mal, Sr. Lancaster. Mas é minha filha e eu tenho o direito de decidir como vai ser a vida dela.

Sinto um tremendo ódio, mas de mim mesmo. Eu já fui esse pai. Já achei que tinha o direito de me intrometer tanto na vida dos meus filhos que controlava tudo que os rodeava.

Ainda bem que esse tempo passou.

— Não vou demiti-la. — falo a minha decisão, nem sequer pensei nessa hipótese.

Uma Babá em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora