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Dois dias depois.
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Eu não lembrava de ter sido marcada naquele dia. Não lembrava de ter tomado qualquer coisa ou até mesmo mudado de cômodo.

A única coisa que lembrava vagamente, era de ouvir Ethan falando outro idioma, e insistindo no nome Ada.

Ada.

Olhei meu pescoço na penteadeira, passando a mão com cuidado ali. O mesmo estava roxo, de um possível chupão que Ethan havia me dado.

Um chupão que eu não conseguia lembrar.

O local doía, ardia e me deixava com vontade de chorar toda vez que o via.

Meu seio direito, estava na mesma situação, só que diferente do pescoço, tinha algumas marcas vermelhas ao redor. A marca estava tão feia que me fazia perguntar se aquilo seria apenas uma marca e não uma contusão.

A pele ao redor do seio estava vermelha, irritada e, mesmo que dois dias tenham se passado e eu estivesse com dúvidas sobre tudo, me recusei a perguntar sobre qualquer coisa a Ethan.

Uma lágrima caiu dos meus olhos quando vi meus cabelos castanhos soltos para trás. Quando vi que estava ali novamente, como no passado, esperando Ethan vim para fazer o que quer que fosse.

Com a cabeça baixa, olhando para minhas mão entrelaçadas no meu colo nu, me vi chorando mais, quando lembrei que no dia seguinte após as marcas, havia me dito que iria levar a garotinha de volta.

em um outro momento irei trazê-la — murmurou, ao beber o café e olhar para o andar de cima, onde a garotinha provavelmente dormia — não se preocupe.

Uma grande lufada de ar saiu de mim, quando uma queimação irritante veio de de trás do meu ouvido direito, tomando meu rosto inteiro. Quando meu sangue começou a ficar quente e o incomodo se tornou presente, fazendo meu cabelo coçar.

Raiva.

Eu estava com muita raiva.

As lágrimas que antes caíam com calma foi se tornando mais fortes, fazendo meu nariz que ainda estava sensível pela tapa do dia anterior coçar.

Olhei para o espelho novamente, segurando a escova com força, jogando com toda minha força no espelho, me encolhendo quando vi um Ethan imponente atrás de mim.

— mais que porra tem na sua cabeça, Maggie Catarina? — o homem me perguntou, quando me virou com força para lhe encarar — mais que merda!

Me encolhi quando ele foi para o lado  do espelho, pegando uma pequena toalha de rosto.

— vem — me puxou para ficar em pé, passando a toalha no meu rosto — você precisa se enxugar. E eu preciso falar uma coisa com você.

Uma onda da medo me invadiu, quando ele me conduziu para fora do quarto, indo em direção ao quarto em que me dava calafrios.

— não, Ethan — falei rápido, tentando o parar — você não... Ethan...

Ele riu.

— não vamos para lá, Maggie — murmurou, entrando em um outro cômodo a qual nunca tinha visto — mas iremos caso você não escute o que irei falar.

— preste atenção — o ruivo falou, quando havia me colocado sentada em cima de uma cama dura — eu irei receber alguns amigos aqui e não quero que você desça.

Continuei o olhando, quando continuar com a boca fechada enquanto controlava uma onda exuberantes de choro estava me deixando com falta de ar.

Passado vol.2 - El fin Onde histórias criam vida. Descubra agora