³⁶

10 2 1
                                    

O silêncio no local era agonizante.

Robert, Arnel e Luis Coleen estavam perto um do outro, mas o pai da minha esposa estava atrás de mim, a alguns passos.

Meu corpo inteiro estava com a sensação de incômodo, me deixando com falta de ar, quando eu mais queria respirar e manter a calma.

— vamos começar por Ettore — Robert começou, andando lentamente.

— que por sua vez é uns cinco, seis anos mais novo que você — Arnel completou, também começando a andar — era — completou novamente, com uma risada baixa.

— e que estava em uma sala ou será quarto? — Robert perguntou para Arnel, que por sua vez deu de ombros — tanto faz.

— ele estava querendo que você fizesse...

— cala a porra da boca, Robert — Luis Henrique falou num tom grosso — apenas, cale a boca.

— não, não — Robert balançou a cabeça negativamente e o vendo naquela situação, mal parecia meu pai.

Um pai não deveria cuidar e prezar para que seu filho ficasse bem? Não deveria brigar e ir contra com todas as suas forças contra aqueles que fossem oferecer algum mal a sua cria?

— se Ethan quer saber o porquê de eu ter fodido sua esposa — Henrique que me perdoe — ele vai ter que fazer uma volta no passado sim. E aí sim ele terá motivos para ficar com a boca fechada.

você realmente quer fazer isso? — Ettore me perguntou sentado, com as mãos cruzadas sob a mesa.

— eu não estou fazendo isso por você, Ettore — falei com a voz dura, o olhando com frieza — estou fazendo por mim. Porque isso irá me beneficiar. Agora eu lhe pergunto: você quer fazer isso?

— não Ethan, eu lhe pergunto: você realmente acha que não estou percebendo que você está tentando me proteger? Que você já não fudeu essa garota e que está tentando de alguma maneira me ajudar?

— Ettore, assine a porra dos papéis — falei com a voz baixa, o olhando com raiva — é só assinar, caralho! Se você não quer, fale!

— você acha que não está me machucando fazendo isso e que de alguma maneira irá me ajudar — falou enquanto tinha os olhos no papel, enquanto assinava de forma rápida — mas a verdade é que você está fazendo pior que isso, Ethan.

— você já acabou? — praticamente tomei o papel da sua mão. Ele apenas me olhou com as mãos cruzadas novamente sob a mesa, pegando o papel novamente — delicadamente — para terminar de assinar.

— não é sua culpa, Ethan — murmurou — a culpa não é sua.

Engoli em seco quando olhei para meu pai que por sua vez ria de algo que Arnel havia contado.

Por um momento, fiquei feliz por não ter escutado o que quer que ele tenha dito.

Eu sabia que não seria proveitoso para mim.

Passado vol.2 - El fin Onde histórias criam vida. Descubra agora