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Algum tempo depois.
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Maggie estava mais calada que o normal.

Seu corpo estava voltando ao normal e isso também incluía a saúde íntima.

A observei olhar com tristeza o jardim que fiz para si, imaginando o que passava pela sua cabeça. Os cabelos dessa vez estavam secos, o castanho claro natural estava voltando e eu sorri, me aproximando dela.

Seu corpo ficou tenso quando me aproximei e não pude deixar de me sentir triste por isso, mesmo que achasse que tivesse dado tempo o suficiente para ela melhorar e se acostumar com a vida.

Esse tempo que lhe dei, também serviu de grande proveito para mim. Precisei ir ao México resolver uma cagada que Robert fez em meu nome, perdi o contrato com os O'haras e Assis e também fiquei por tempo suficiente sofrendo o luto de meu irmão.

Tempo esse que não foi necessário para acabar com a dor grotesca que estava sentindo por dentro, mas o suficiente para que eu precisasse respirar e continuar com a vida.

— Lizzie Vanilla morreu — a empregada disse, quando eu estava prestes a acabar com sua vida — espero que você passe o resto dos seus dias sofrendo com a dor da morte deles, sabendo que poderia evitar tudo e espero ainda mais que essa garota também morra para você...

Não deixei que ela terminasse, e atirei.

Duas.

Três.

Quatro vezes.

— eu estou com sono — a garota com os olhos fixos nas flores murmurou, me preocupando.

— mas você não quer ir lá fora? Podemos comer alguma coisa na cozinha, ir na varanda, piscina, jardim — fiz uma pausa, esperando a garota mudar de expressão, o que não aconteceu.

Nada ultimamente estava fazendo Maggie Catarina mudar de reação.

— podemos comer fora, eu posso te deixar sair sozinha. Quer dizer, com um segurança te vigiando por trás e...

Parei quando seus olhos cansados pousaram em mim. Analisadores, tristes e cansados, melancólicos.

Os olhos de Maggie estava esboçando algo que nunca pensei ver: resignação.

— para ser sequestrada e estuprada de novo? — a palavra estupro fez meu coração falhar uma batida.

Fez eu engolir em seco e tentar controlar o efeito que aquela simples palavra tinha em mim.

Efeito mortais, dolorosos.

— você... — tentei novamente, tocando sua mão — eu posso...

— você não pode fazer nada, Ethan — falou, quando seus olhos estavam se enchendo de lágrimas — você não pode apagar da minha cabeça o fato que fui estuprada ou o quanto doeu ver um homem que queria me ajudar sendo morto. O quão humilhante foi ter que...

Ela parou, olhando novamente para as flores, os olhos brilharam levemente quando viram uma borboleta.

— eu posso chamar sua mãe aqui — murmurei, levantando. Sabendo o momento certo de sair — posso trazer ela para cá até a noite.

Ela ficou calada, o que me motivou a sair dali em passos receosos, indo em direção ao escritório. 
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O nome do capítulo foi mudado.

Passado vol.2 - El fin Onde histórias criam vida. Descubra agora