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Ethan Whyne.

Maggie havia falado de Ada.

Como caralhos Maggie escutou o nome dela? E como caralhos de porra de merda e todas as merdas do mundo eu falei o nome de Ada? Se falei, por que a merda do sedativo inalatório não fez com que ela ficasse sem por cento dopada? — me perguntei, sentindo meu corpo quente enquanto ia para porta receber pessoas desagradáveis, quem eu não queria ter qualquer tipo de contato, mas para minha autopreservação tinha que ter.

Arnel, Luis Henrique Nuevo e Luis Coleen estavam me esperando na porta, com suas poses descontraídas, mostrando o total oposto de quem eram.

Eu sentia nojo deles, por mais que mostrasse que não.

Eu nunca iria perdoar qualquer um deles por tudo que me fizeram. Isso não incluí somente a mim.

O fato deles terem contato com Robert só me deixava com mais raiva e asco, mesmo que eu me forçasse a falar que aquilo era uma completa idiotice da minha parte.

Não era, eu sabia.

— entrem — falei, dando passagem para os mesmos entrarem — a casa é de vocês.

— cuidado com as palavras, Ethan — Arnel falou com um sorriso irônico — nunca se sabe como as pessoas irão reagir a essa frase.

— por tanto que não queimem ela — dei de ombros — não dou a mínima para o que vão fazer.

— isso também envolve com quem fizer? — Luis Coleen se pronunciou, virando de frente para mim quando estava perto do sofá e eu estava me aproximando depois de fechar a porta.

Maldito seja esse arrobado — pensei, lançando um sorriso contido para o mesmo, depois de lhe ignorar, virando para Luis Henrique Nuevo que por sua fez olhava tudo com a mais pura cautela.

— soube que a cadela da Lizzie morreu — Arnel se pronunciou novamente, quando o silêncio estava quase que incômodo.

Luis Henrique e eu olhamos para Coleen que por sua vez nos lançou um sorriso presunçoso.

— pois é — deu de ombros — Lizzie era uma vadia ruiva que por mais que tivesse sua fama e seu ar de puta  narcisista era sentimental para caralho — a fala fez todos rirem inclusive eu também.

Mesmo que eu tivesse sentido  incomodo quando ele se referiu a ela daquela maneira.

Não que eu gostasse de Lizzie Vanilla.

Muito pelo contrário.

Lizzie era alguém totalmente desprezível e tosca para mim. Era como uma mosca, uma verme e uma pedra no meu sapato. Eu odiava ela, assim como odiava o fato dela saber de tudo e todos. O fato dela saber tocar exatamente no ponto certo e ser uma puta observadora.

No fim, não foi ruim o fato dela ter morrido.

— você sabe quem a matou? — Luis Henrique se pronunciou, depois que todos se sentaram no sofá.

A esse ponto, me perguntei como Maggie estava.

— é uma boa pergunta — Luis disse, alisando sua barba — não dúvido que seja um dos homens a qual ela apareceu de madrugada sentada na cama os esperando.

Todos riram, mas sabendo no íntimo que aquilo não era mentira.

Passado vol.2 - El fin Onde histórias criam vida. Descubra agora