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— e você acredita que quando tive que substituir minha irmã anos depois, porque ela simplesmente havia se suicidado, mal tive tempo para pensar sobre? Tive que pintar meus cabelos, entender tudo cuidadosamente — isso porque várias informações eram passadas para mim diariamente, para caso isso acontecesse — e me manter firme, quando eu mais queria chorar?

Seus olhos se voltaram para mim e por um momento me vi sentindo frio.

Talvez eu não fosse tão indiferente assim quanto ao assunto.

— eu queria chorar porque não era normal o fato de que uma criança de treze anos ter um filho e muito menos uma mulher de cinquenta — a eu de seis anos atrás — estar ali, do lado do homem que ruiu sua irmã por anos esperando calmamente seu filho — você — deixar a garota que sua irmã passou anos acreditando ser sua filha.

Ela riu, uma risada fria e nervosa.

— doeu como um inferno, Ethan. Doeu mais do que eu poderia imaginar que poderia um dia. Mas doeu ainda mais quando tive que concordar com todo esse culto nojento e doentio — ela sorriu novamente, passando a mão nos lábios — agora que eu já desabafei o suficiente o que eu queria a anos falar para alguém — passou a mão pelo cabelo impecavelmente arrumado — vamos ver minha filha, sim?

Concordei, virando para trás indo em direção ao quarto de Maggie.

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Saí do quarto assim que lhe lancei um olhar de aviso, voltando para meu escritório para ver o que iria acontecer.

Ativei o som e me deixei ver a mulher tocar em minha mulher com cuidado nos ombros, ficando parada alguns milésimos de segundos quando Maggie a abraçou com força.

— você está aqui — a voz grossa e ao mesmo tempo delicada de Catarina soou, tirando um sorriso pequeno de mim — você está aqui, mamãe.

A mulher sorriu para Mag também, sua mão direita foi para o cabelo castanho da garota e vi quando mais lágrimas saíram dos seus olhos.

— me desculpe, Mag — ela praticamente soluçou, a abraçando novamente — me desculpe por isso, me desculpe por tudo...

O que a mulher falou começou a me colocar em estado de alerta, mas não o suficiente para que eu levantasse e fosse impedir o que quer que ela fosse fazer.

— o que você está falando, mamãe? — a voz de Mag saiu vulnerável e caridosa, me fazendo levantar.

Eu sabia que ela não seria louca de falar o que quer que fosse, a não ser que...

Ela quisesse morrer.

tem muita coisa que você não sabe... — a mulher disse mais baixo, e eu corri, em direção ao quarto delas.

Sete segundos.

Foram exatos sete segundos para eu entrar lá e sorrir para a mulher de forma sábia, a fazendo estremecer.

— Luis Henrique Nuevo acabou de ligar — falei alto, a olhando com uma falsa calma — ele quer você em casa em treze minutos e cinquenta segundos.

Novamente Marta se assustou e vi ela cumprir muito bem o trabalho da sua irmã gêmea — Marry — e se despedir da filha, com um abraço apertado.

Marta nunca irá destruir o que planejei para com Maggie, isso é um fato.

Passado vol.2 - El fin Onde histórias criam vida. Descubra agora