Capítulo 12.

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Kelly.

Finalmente o expediente acabou, esses dias tem sido horríveis, trabalhei por horas dobradas na lanchonete, Elvis ficou doente, uma grave infecção alimentar que o deixou de cama por três dias, durante esse tempo eu assumi sozinha a cozinha o que me fez trabalhar por dois, nem sequer tempo de falar com Oak eu tive esses dias, apenas acenava para ele rapidamente.

Fechei as portas depois de tudo estar ajeitado, me despedi dos meus colegas e entrei em meu carro feliz por amanhã ser minha folga e eu poder descansar finalmente, dirigi para a minha casa o sono quase me consumindo pelo caminho, lutei para manter os olhos abertos, parei meu carro e desci trancando as portas, andei até em casa, entrei, tranquei a porta e fui direto para o meu quarto, tirando os sapatos e a roupa antes de me jogar na cama.

Acordei com o sol batendo em meu rosto, me virei sobre os lençóis percebendo que eu estava apenas de lingerie na cama e a janela estava completamente aberta, esperando que não tivessem Nova Espécies no muro a essa hora, ou que a visão deles não fosse boa o suficiente para me ver aqui dentro eu me enrolei no lençol e fui até o banheiro, a luminosidade o preenchia também. Retirei o lençol do meu corpo o jogando de volta para o quanto, ele aterrissou na cama, pelo menos a maior parte dele, tirei o resto da roupa, fiz xixi, lavei as mãos, escovei os dentes para me livrar do hálito matinal, em seguida me enfiei no chuveiro para um banho.

Depois do banho, penteei e sequei meus cabelos, voltei para o quarto ainda enrola na toalha e fechei as cortinas, procurei uma roupa qualquer para usar, acabei optando por uma lingerie confortável e um vestido de alças finas soltinho para me deixar confortável. Desci para cozinha em busca de comida, liguei a cafeteira colocando uma cápsula de café expresso, peguei três ovos, os quebrei em uma tigela, coloquei sal, pimenta e manjericão fresco e bati até espumar, deixei a frigideira esquentar, despejei metade da massa da omelete, coloquei cebola, queijo e tomate, coloquei o restante da massa e tapei a frigideira. Enquanto a omelete ficava pronta cortei algumas frutas dentro de uma tigela, acrescentei chia, mel e aveia, virei a omelete coloquei mais queijo por cima e voltei a tapar. Esquentei leite para colocar no café, montei meu café da manhã simples, apenas com café com leite, omelete e salada de frutas.

Quando já estava satisfeita sai de casa para ir até o muro falar com Oak, ele veio para a borda do muro assim que me aproximei, sorri para ele chegando o mais perto que dava, ele sorriu de volta, estava ainda mais bonito, a blusa apertada em seus braços musculosos,  sei rosto era feroz e animalesco, mas incrivelmente lindo.

- Bom dia. – Falei.

- Bom dia. – Ele me respondeu. – Você esteve sumida.

- Um colega de trabalho estava doente e eu tive que assumir suas tarefas por esses dias. – Me expliquei, não sei porque eu estava tão facilmente dando satisfação para ele, mas foi natural. – Então, eu tive que pegar o trabalho dele, fiquei atarefada demais esses dias, por isso não vim aqui.

- Entendo. – Seus olhos se desviaram de mim. – Achei que você não quisesse mais falar comigo. – Nesse momento eu queria muito abraça-lo.

- Jamais, falar com você é a melhor parte do meu dia. – Falei sem pensar.

"Que porra você está falando garota?"

- Fico contente com isso. – Ele sorriu me olhando.

- Ótimo. – Se fosse um cara humano ele teria recuado com a minha fala, mas ele não é totalmete humano. – O que você tem feito esses dias?

- O que sempre, eu caço. – Isso é tão viril. – Checo os animais, observo o muro. – Ele desviou os olhos de mim de novo.

- Como está aquele filhote de urso? – Perguntei.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora