Capítulo 7.

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Oak.

Olho para o céu nublado, sentado na minha cama, quando chove muito eu não gosto de dormir com o teto aberto, o barulho que a chuva faz batendo no vidro me deixa inquieto. Minha casa é cheia de cordas e plataformas para que eu me sinta mais a vontade subindo, meu quanto fica na parte mais alta da casa, o teto logo acima dele se abre para que eu consiga ver o céu, apenas o vídeo no interior da parte externa me separa do ar livre, como uma janela, só que no teto, me deixa mais relaxado olhar para o céu, faz eu me sentir livre, as vezes eu abro o vidro também para sentir a brisa noturna.

Hoje eu não consegui ver a humana, não sei porque eu continuo voltando lá todo dia para observa-la, algo nela me deixa intrigado e não é do tipo desconfiança, eu sinto como se quisesse conhecê-la melhor.

Uma batida na minha porta da frente me distrai dos meus pensamentos, levanto da cama indo até a parede apertar o botão para fechar o teto, vou até a borda do mezanino e seguro a corda posicionada ali descendo agilmente por ela. Peguei um short que estava sobre o sofá e o vesti pois estava apenas de cueca, não que eu me importe muito com isso, abri a porta vendo Leo e Vengeance do lado de fora, franzi a testa olhando para eles.

- O que estão fazendo aqui? - Perguntei me afastando a contra gosto para que eles entrassem.

- Boa noite para você também. - Leo falou sorridente. - Estamos bem, obrigada pela preocupação. - Grunhi sem paciência, ele ficou muito mais sociável depois que acasalou com uma humana.

- Você está todo engraçadinho depois da Rachel. - Falei e ele apenas deu de ombros.

- Vamos direto ao ponto. - Vengeance falou interrompendo nossa conversa que não levaria a lugar algum.

- Por favor. - Reclamei.

- O xerife ligou pedindo a nossa ajuda. - Leo falou.

- O que ele quer? - Olhei para os machos a minha frente.

- Uma ursa foi atropelada na rodovia perto daqui. - Foi o careca quem falou. - Ela morreu, mas tinha um filhote junto.

- Ele sobreviveu, mas se embrenhou na mata e é novo demais para sobreviver sozinho na floresta. - Leo completou.

- Eles tentaram encontrar o urso, mas não conseguiram. - Vem falou. - E estão sem guarda florestal suficiente para procurar.

- Até onde sabemos ele está faminto e pode estar machucado. - Leo completou.

- Então como temos instintos apurados eles pediram a nossa ajuda. - Não era difícil de imaginar, já tinham feito isso antes, pedido a ajuda da ONE para resgatar animais e até mesmo encontrar pessoas e por causa da nossa política de cooperação com a vizinhança sempre ajudamos.

- Isso mesmo. - O felino falou. - O acontecido foi perto aqui também e para evitar invadir nossa área e porque não tem pessoal adequado o xerife fez o pedido, além de nossas habilidades.

- Ok, essa parte foi bem fácil de entender, o que eu quero saber é porquê vocês vieram me chamar. - Os olhei.

Eles se olharam brevemente quando eu falei, senti como se Leo dissesse que sabia que essa seria a minha reação, ele sabe que não gosto de estar perto de outras pessoas por muito tempo e não tenho a mínima vontade de sair da reserva.

- Você é muito bom com animais. - Vengeance começou. - É você quem checa a maioria dos bichos resgatados.

- E ninguém sabe por qual motivo os animais se aproximam facilmente de você. - Isso chega a se interessante, todos se intimidam com a minha aparência, até mesmo os da minha própria espécie, mas não os animais, eles são dóceis comigo.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora