Capítulo 10.

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Kelly.

- Será que eles conseguiram encontrar o filhote? – Me pergunto enquanto preparo meu café da manhã.

Ontem eu quase não consigo dormir pensando nele, o Oak, ele é tão alto, forte e bonito, seu corpo musculoso, a pele escura, os cabelos grandes, os olhos vermelhos, ele inteiro é bonito, por Deus como é permitido um homem ser tão lindo? E a voz dele? É um caso a parte, profunda, sensual e dominante, nossa senhora, o homem parece um espetáculo.

Me sentei para comer ainda pensando no quão bonito ele era e no filhote que procuravam na noite anterior, depois de comer coloquei a louça na lavadora e subi para me vestir, coloquei um vestido floral, o dia estava agradável a pensar da noite anterior ter sido muito chuvosa, o céu está lindo e a brisa fresca em contraste com o sol quente.

Resolvi sair um pouco para o quintal na esperança de ver Oak, e lá estava ele, de pé perto do muro olhando na minha direção, sorri e me aproximei do muro mais do que jamais fizera antes, parei no limite da marcação que dizia para manter distância, não quero ser desrespeitosa.

- Bom dia! – Ele falou alto.

- Bom dia! – Respondi. – Bom te ver. – Foda-se o que parece, eu gostei mesmo e ponto. – Eu digo eu gostei de ver você de perto ontem.

- Digo o mesmo. – Ele sorriu amplamente ou pelo menos eu achava que era isso. – Gostei de finalmente lhe conhecer de perto.

Ficamos em silêncio um pouco, não sabia ao certo o que falar então resolvi perguntar sobre o urso.

- Vocês conseguiram encontrar o filhote? – Perguntei.

- Sim, ele estava em uma pequena caverna ao norte da sua casa. – Ele falou.

- Isso é bom. – Estava aliviada por ele ter sido encontrado. – Como ele está?

- Tinha apenas um ferimento na para traseira, era um pouco extenso, mas não era letal. – Ele falou. – Está sendo tratado pela veterinária.

- Fico feliz que ele esteja bem. – Sorri aliviada. – Eu espero que vocês não tenham pegado resfriado por sair na chuva.

- Nós somos Nova Espécie não ficamos doentes com facilidade. – Ele falou com o peito estufado e eu tive que sorrir. – Não pegamos resfriado.

- Isso é muito bom, fico contente que esteja bem. – Falei com sinceridade. – Ficar resfriado é uma merda.

- Você ficou doente depois de ontem? Estava na chuva. – Ele falou tão rápido que por causa da distância eu quase não entendo.

- Não, estou bem. – Me apressei em explicar. – Eu me sequei logo, mas já fiquei resfriada várias vezes e é horrível.

- Oi Kelly. – Um outro nova espécie parou ao lado de Oak que rosnou. – Bom finalmente conhecer nossa vizinha. – Ele parecia simpático e bem mais falante que Oak, seu cabelo multicolorido chamava atenção. – Meu nome é Flame.

- Olá Flame. – Falei. – É bom conhecer mais companheiros de Oak, vocês estão sempre de capacete. – Ele mostrou o capacete em sua mão.

- É protocolo da ONE para a segurança você entende? – Falou para que eu entendesse.

- Claro que sim.

- Mas esse aqui se recusa a usar. – Olhou para o Nova Espécie ao seu lado.

- Isso aperta e sufoca. – Oak reclamou. – Eu também só fico na minha área e não tem ameaças aqui. – Pelo menos foi o que eu achei ter escutado, estamos muito longe para eu ouvir direito.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora