OAK - Uma História Nova Espécie

Capítulo 13.

Kelly.

Coloquei a lasanha no forno, eu ganhei uma folga extra hoje graças aos dias que trabalhei dobrado na última semana, consegui aproveita e o dia para limpar a casar e fazer boa comida, pela manhã eu testei uma receita com polvo que ficou uma delícia, fiz minha torta preferida, a bannoffe, eu simplesmente amo essa torta, agora estou fazendo uma lasanha de camarão, a salada de rúcula com broto de feijão e erva doce está pronta.

Verifiquei mais uma vez o temporizador do forno e subi para tomar um banho, tirei as minhas roupas, amarrei meu cabelo o colocando em uma touca e fui direto para o chuveiro, deixei que a água fria levasse a minha pele levando consigo o pouco cansaço, me ensaboei lentamente apreciando o momento, me enxaguei e finalmente desliguei o chuveiro saindo de lá enrolada em uma toalha.

Caminhei pelo quarto até o closet em busca do meu pijama que consiste em um short bem curto e uma camiseta soltinha, me sequei e o vesti o pijama de tecido macio e guardei a toalha, logo em seguida eu desci, o forno já estava parado e eu tirei a lasanha de dentro dele a deixando descansar sobre o balcão.

Peguei um vinho moscatel para desfrutar de uma taça, enchi a taça e me sentei em uma cadeira próxima ao balcão com o copo em mãos enquanto saboreava a bebida, uma batida em minha porta da cozinha chamou minha atenção e eu me virei em sua direção mesmo sabendo que a madeira não me deixaria ver quem quer que estivesse ali.

- Kelly. – Uma voz grave e forte chamou. – Sou o Oak.

- Oak? – Deixei a taça sobre a mesa e quase corri para abrir a porta. – Está tudo bem? – Abri espaço para ele entrar. – Entre.

- Está tudo bem. – Vi que ele tinha uma mochila nas costas quando passou por mim. – Eu queria vê-la novamente, digo de perto.

- Você veio até aqui apenas para me ver? – Sentir meu coração se agitar esperando pela resposta.

- Sim. – Ele desviou os olhos dos meus. – Ver você de longe não é suficiente, eu queria estar a sua frente, sentir seu cheiro delicioso e tocar você. – Sua mão tocou suavemente meu rosto e naquele momento eu poderia derreter aos seus pés, senti meu coração quentinho.

- Eu também queria muito estar perto de você novamente. – Toquei seu braço e um leve retumbar ressoou por seu peito. – É bom ter você aqui. – Sorri olhando em seus olhos.

- Eu não sabia se você me atenderia. – Ele era tão fofo quando falava essas coisas.

- Claro que eu lhe atenderia. – Sustentei seu olhar para que pudesse ver a verdade nos meus olhos. – Eu estou muito feliz em ter você aqui. – Uma coisa passou por minha cabeça. – Está tudo bem você vir até aqui? – Ele me olhou. – Digo, não é perigoso e você precisa sair com escolta?

- Bem, na verdade eu preciso. – Tentei apurar meu ouvido, mas não escutei nada vindo do exterior.

- Então tem pessoas lá fora? – Perguntei .

- Não, eu não sabia se deixariam eu sair apenas para lhe ver, então sai sem que vissem. – Um terror tomou conta de mim.

- Oak! – O repreendi indo fechar a cortina da janela e trancar a porta. – Isso é perigoso, eu moro em um lugar afastado, mas algum daqueles bastardos poderia lhe ver e você poderia ser ferido.

- Você está com medo por mim? – Segurou meus braços para olhar em meus olhos.

- Claro que estou. – Ralhei com ele. – Não quero que se machuque. – Toquei seu rosto e  novamente o mesmo som irrompeu por sua garganta.

- Fico feliz por se preocupar comigo. – Seu sorriso se alargou tanto que mostrou as presas afiadas. – Eu posso lhe abraçar?

- Pode, quero muito um abraço seu. – Resolvi ser sincera.