Capítulo 3.

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Oak...

Novamente estava tendo movimentação além do muro deve ser a mesma fêmea humana da outra vez, já que tem machos patrulhando o muro perto do meu território, subo em uma árvore para ver o que está acontecendo, a fêmea saia de um carro carregando algumas caixas, que tipo de pessoa ia morar em um lugar tão afastado?

Desci da árvore e voltei para a minha casa, escolhi aquele lugar para morar por ser mais afastado, não gosto da companhia nem mesmo dos outros da minha espécie, agora por causa dessa humana tem gente direto perto do meu território, vou ver o que está acontecendo. Subo pelas cordas até meu quarto para me vestir, coloco uma roupa preta similar as que usam na segurança e voltei a descer, sai de casa indo até a sessão do muro.

- Oak. – Darkness falou assim que subi. – O que faz aqui?

- O que está acontecendo? – Perguntei me aproximando da borda.

- A fêmea está se movimentando de novo. – Foi Flirt quem falou.

- Eu vi da árvore, ela está se mudando para a casa? – Perguntei.

- Aparentemente sim. – Darkness me entregou um binóculo. – Avistamos um caminhão de mudanças.

Olhei pelo objeto que me foi entregue vendo um caminhão se aproximando da casa pela estrada de terra.

- Por que um humano se mudaria para um lugar tão afastado? – Questionei.

- É o que queríamos saber. – Sharp comentou.

- Já fizeram uma pesquisa sobre ela? – O caminhão agora era visto a olho nu.

- Sim. – Foi Sharp quem falou, ele tinha acabado de subir no muro. – O nome dela é Kelly Grey, tem 25 anos, morava na cidade vizinha, é cozinheira. – Ele olhava para o celular provavelmente lendo as informações na tela. – Ela trabalhava em um restaurante na cidade vizinha até ser demitida alguns meses atrás, atualmente trabalha em uma lanchonete na cidade, ela já se candidatou para uma vaga no restaurante da reserva.

- Como ela conseguiu essa casa? – Perguntei.

- Ganhou de herança aparentemente. – Sharp falou. – Uma tia dela era a antiga dona, a fêmea humana que não aceitou vender a propriedade quando tentamos comprar.

- Por que ela veio morar aqui de repente?

- Também não sabemos. – Flirt falou.

- Você está muito interessado nisso. – Léo falou atrás de mim. – Nunca o vi tão interessado em assuntos de segurança.

- Eles nunca se passaram tão perto da minha área, quero saber se a fêmea é um problema. – Falei olhando para ele.

- Ainda não sabemos. – Darkness falou. – Precisamos ficar de olho nela.

- Ótimo. – Reclamei.

Me afastei ficando a uma distância confortável dos demais, olhei para a casa alguns metros de distância do muro, os macho que carregava os móveis não parecia olhar muito em direção ao muro, mas podia fazer parte de algum plano. Fiquei ali observando eles terminarem de entregar as coisas e em seguir irem embora. Pouco depois que o caminhão saiu por onde veio a fêmea apareceu na porta dos fundos que fica mais próxima do muro, ela mexia na porta trocando o trinco, esperto da parte dela fazer isso, se não quer outra pessoa tendo acesso a sua casa.

Ela parecia ser alta para uma fêmea humana, talvez da mesma altura da doutora Layla ou maior, a maioria das fêmeas humanas que eu vi eram baixas, sua pele é escura como a minha e seus cabelos cacheados são bem cheios dando volume em volta da cabeça iam até embaixo dos ombros, uma vez eu vi na TV que pessoas como ela sofrem ataques e preconceitos de outros humanos, me perguntei o que ela já passou por causa da nojeira que os humanos fazem. Ela tem um corpo cheio de curvas e a posição que assumiu para fazer a troca do trinco com o traseiro empinado para cima mostrava sua bunda emoldurada pela calça apertada, ver aquilo me deixou de pau duro e eu me assustei com a reação do meu corpo. Eu não desejo humanas, eles não são confiáveis.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora